Há dias em que percebemos que as alegrias da vida se expandem enquanto entendermos que assim deve ser. Hoje foi um desses dias.
O meu passeio da manhã foi profícuo nesta matéria: em frente ao estádio, num parque infantil renovado, dois putos disputavam o último balouço e, engalfinhados à chapada, faziam as alegrias dos papás, que, alapados nos banquinhos, gritavam ao longe a melhor forma de espetarem ganchos um ao outro.
Logo à frente, vi numa loja um bibelô porreiro para enfeitar um naperon que tenho cá em casa e resolvi entrar. Esperei pacientemente na fila, tentando entreter uma criança de 2 anos e meio, enquanto uma família de chamemos-lhes nómadas largava 512 € (o valor do RSI depende do número de elementos do agregado, certo?) em bugigangas.
Virei logo ali na Vasco da Gama, cortando o caminho para casa.
O passeio foi longo, mas aguentei as dores nas pernas e ainda entrei numa corrida com um velhinho. Corrida que salvou o dia e que ganhei, pouco mais à frente, na montra de um quiosque, quando os olhos do simpático senhor lhe puxaram pelos braços, impedindo-o de continuar e, agarrados à bengala, se pespegaram às maminhas da capa da penthouse.