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terça-feira, 15 de junho de 2010

Acabaram-se os vidros limpos


Pensar que dantes tinha a mania dos vidros limpos, divisões arrumadas, tralha onde ela deve estar (bem escondida para ninguém deitar fora, porque vai daí um dia pode ser precisa e está ali à mão)...
O que mais aprecio nos dias que correm, em minha casa, são as marcas, dedadas e lambidelas que teimam em não sair dos vidros. E as miniaturas de toalhas que ocupam agora os espaços. Colheres e garfos pequeninos. Brinquedos. Brinquedos. Roupinha. Brinquedos. Tudo espalhado. Por todo o lado. As olheiras e, mais abaixo, um sorriso que não se apaga.

Irritam-me as pessoas que se queixam que os filhos não as deixam dormir, que passam a noite a acordar e que já não aguentam mais. Nunca as ouvi queixar-se das noitadas e das queimas e das tainadas.


Hummm

Eh pá, tenho que parar de me queixar...