Isto não está a surtir o efeito desejado. Vamos lá tentar outra vez. Eu sou persistente.
Preciso de acabar umas coisas que tenho que entregar amanhã.
Certo! É melhor adiantar isto senão nem à meia-noite jantamos!
Atravesso o corredor com o Pedro ao colo a puxar-me o cabelo, o João a arrastar-se pelo chão agarrado à minha perna, debaixo do outro braço levo o cesto de roupa para passar, ouve-se a máquina a lavar mais roupa e o exaustor por cima de tachos onde fervilha o jantar. Passo pela despensa e esqueço-me do que ia buscar.
Sua excelência está no computador. Não sei que trabalho é aquele que faz o som de um jogo irritante.
Mesa posta, comida à espera, miúdos sentados, dou os últimos retoques ao estendal enquanto preparo a mochila do mais velho. Vou novamente à despensa e volto a não me lembrar do que ia buscar.
O som do jogo trabalho é substituído pelo dos passos que se aproximam.
Senta-se. Levanta-se.
Bem, vou buscar guardanapos, que se não sou eu ninguém faz nada nesta casa!
Senta-se. Levanta-se.
Bem, vou buscar guardanapos, que se não sou eu ninguém faz nada nesta casa!