Depois de milhares de fotografias das "melhores equipas do mundo", das mesas de Natal à laia de concurso "Quem enche mais a mesa de Natal de frutos secos dos quais as tâmaras são as últimas a desaparecer", dos votos de festas felizes no primeiro dia de dezembro e feliz ano novo no dia a seguir ao Natal, vem agora a enxurrada impetuosa de páginas "1 de 366". Que raio! Comparar a vida com um livro é muito parvo: os livros são tão fixes. Por exemplo, assaltaram-me a garagem no último dia do ano e levaram apenas produtos de limpeza. Tanto lixo para levar e agora o cabrão obriga-me a ir outra vez às compras por causa de lixívia e abrilhantador de chão. Puta que o pariu. Isto num livro nunca aconteceria.