Acredito em almas gémeas. Não, nunca achei que haveria algures no mundo um testo para a minha panela. Afinal até havia, mas essa história fica para outro post.
Acredito em almas gémeas. Existem em tudo o que toca ao amor. Amo, com uma imensidão que me ultrapassa, aflige e consome, as minhas almas gémeas. E faz-me confusão que algumas pessoas digam que não se entendem com a mãe, não se compatibilizam com a irmã, vêem nos sogros os pais que nunca tiveram...
O Amor que tenho às minhas almas gémeas, que sinto serem a minha alma puzzlificada, é de tal fervor que, por vezes, sinto que me destrói por dentro. E isso vê-se por fora (ou será de já ter passado dos 30?)!
Amo aquelas que vejo todos os dias, as que vejo só de vez em quando, as que vi, até as que nunca vi mas me contaram como eram, as que verei mais tarde, as que voltarei a ver no fim. Mas amo-as de tal modo que não consigo ver o que escrevo neste momento. Não consigo pensar nelas sem que se me encham os olhos de lágrimas e se me ate um nó no estômago (será no estômago? Às vezes, confundo o estômago com o espírito. Onde quer que seja, é na barriga que o sinto). Não deixo de me preocupar com elas mesmo quando sei que estão bem. Gostava que estivessem sempre bem. O meu maior pavor, desde pequenina, é desiludir os meus pais. Nada me deixa mais desconfortável. Tenho um orgulho tremendo dos meus antecessores, um orgulho que me enche e ensina a ser todos os dias melhor, todos os dias mais parecida com eles. Todos. Nunca lhes chegarei aos calcanhares. Mas, enquanto vou tentando, vou pensando que gostaria que, um dia, alguém a quem antecedi também queira ser como eu fui.