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quarta-feira, 7 de julho de 2010

No meu tempo...





Nunca prestei atenção aos desenhos animados.

Mas agora não se vê outra coisa cá em casa.

Os de hoje são muito violentos. Desde os pontapés do Dragon Ball à atitudezinha das Bratz. São um incentivo à destruição da harmonia social. É por causa deles que os miúdos não sabem estar.


A malta da minha geração é que sim. Aprendemos tanto com o que víamos e ouvíamos na TV.


Por exemplo, o gato:

"Atirei o pau ao gato to to / Mas o gato to to / Não morreu eu eu"



Pois... se calhar não foi o melhor exemplo. Incita ao felinocídio.


Hããã... vamos tentar outra:



"Que linda falua, / que lá vem, lá vem, / é uma falua, / que vem de Belém.


Eu peço ao Senhor Barqueiro / que me deixe passar, / tenho filhos pequeninos / não os posso sustentar.

Passará, não passará, / algum deles ficará, / se não for a mãe à frente, / é o filho lá de trás."



Porra!... Nem comento!



Alecrim, alecrim aos molhos,

Por causa de ti
Choram os meus olhos.


É! Eu também tenho este problema, mas é mais com aquelas flores amarelas do Gerês.

Vamos recuar um poucochito.


Cantava a Heidi nos anos setenta:


"Avôzinho diz-me tu,

Quais são os sons que oiço eu.
Avôzinho diz-me tu,
Porque eu na nuvem vou.

Diz-me porque já são horas,
e diz-me porque eu sou tão feliz."



Ó, Heidi, em 1974, tu deves ser feliz porque ainda restava no ar algum vestigiozito do Woodstock, não? E essa história de na nuvem ires... humm...


Experimentemos o teu primo:


"É um no porto italiano / mesmo ao pé das montanhas / que vive o nosso amigo Marco


(...)


Vais-te embora mamã!?
Não me deixes aqui.
Adeus mamã.
Pensaremos em ti."


Provavelmente, Marco, a mamã foi ali queimar o soutien e vem já.



Assim de repente, não sei porquê, acho que prefiro o Dragon Ball e as Bratz!