Nunca prestei atenção aos desenhos animados.
Mas agora não se vê outra coisa cá em casa.
Os de hoje são muito violentos. Desde os pontapés do Dragon Ball à atitudezinha das Bratz. São um incentivo à destruição da harmonia social. É por causa deles que os miúdos não sabem estar.
A malta da minha geração é que sim. Aprendemos tanto com o que víamos e ouvíamos na TV.
Por exemplo, o gato:
"Atirei o pau ao gato to to / Mas o gato to to / Não morreu eu eu"
Pois... se calhar não foi o melhor exemplo. Incita ao felinocídio.
Hããã... vamos tentar outra:
"Que linda falua, / que lá vem, lá vem, / é uma falua, / que vem de Belém.
Eu peço ao Senhor Barqueiro / que me deixe passar, / tenho filhos pequeninos / não os posso sustentar.
Passará, não passará, / algum deles ficará, / se não for a mãe à frente, / é o filho lá de trás."
Porra!... Nem comento!
Alecrim, alecrim aos molhos,
Por causa de ti
Choram os meus olhos.
É! Eu também tenho este problema, mas é mais com aquelas flores amarelas do Gerês.
Vamos recuar um poucochito.
Cantava a Heidi nos anos setenta:
"Avôzinho diz-me tu,
Quais são os sons que oiço eu.
Avôzinho diz-me tu,
Porque eu na nuvem vou.
Diz-me porque já são horas,
e diz-me porque eu sou tão feliz."
Ó, Heidi, em 1974, tu deves ser feliz porque ainda restava no ar algum vestigiozito do Woodstock, não? E essa história de na nuvem ires... humm...
Experimentemos o teu primo:
"É um no porto italiano / mesmo ao pé das montanhas / que vive o nosso amigo Marco
(...)
Vais-te embora mamã!?
Não me deixes aqui.
Adeus mamã.
Pensaremos em ti."
Provavelmente, Marco, a mamã foi ali queimar o soutien e vem já.
Assim de repente, não sei porquê, acho que prefiro o Dragon Ball e as Bratz!