O senhor meu marido tirou as compras dos sacos. Atenção! TIROU as compras. Não leram aqui que as arrumou, pois não? Bom...
Então, tirou as compras dos sacos e descobriu, lá dentro, os lençóis de papel que nos entregam aquando do pagamento. Aquilo equivale seguramente a um bosque ou dois em madeira, não? Enfim, dizia eu que, ao espreitar os papelitos, deu um salto para trás.
Tu gastas este dinheiro todo em cremes? Este é para quê? E isto o que é? Ainda se resultassem!
Ora bem, estas palavras caem tão bem como beber água depois de comer feijoada. E têm quase o mesmo efeito.
Isto é máscara para o cabelo. (Máscara? Mas onde já vai o Carnaval!)
Isto é creme de dia para evitar a flacidez. Este é o de noite. (Olha, querem lá ver que os cremes agora já distinguem o dia da noite. O creme de noite dorme-te na pele, é?)
Isto é água micelar para lavar a cara. (Água milenar? Então usas coisas velhas para evitares o envelhecimento?)
Não! É água micelar! Não me agride a pele do rosto como a água da torneira! (E não pode usar água do garrafão para lavar a cara? Sempre ficava mais barato!)
Portanto, doravante, terei que me contentar com o sérum Luso antirrugas ou o fluido Fastio para as manchas. Ou, se for mesmo poupadinha, vou ao depósito do desumidificador.