Pela primeira vez desde que o Pedro nasceu, está um silêncio incrível aqui onde escrevo. Estou na cozinha, vem um cheiro a assado envolvente do forno. De vez em quando levanto-me e vou espreitar. A sala está em modo lusco-fusco, as luzinhas do pinheiro vão acendendo e apagando preguiçosamente, a porta está quase fechada para não deixar sair o sossego. O meu menino dorme na espreguiçadeira, ao pé do presépio. Sinto um arrepio bom, cá dentro, quando olho para ele ali, com as luzes refletidas naquela carinha tão linda.
Apaixonei-me outra vez.