mais memórias para:
verdepinheiroemsepia@gmail.com

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ano novo, vida antiga


Quando era miúda, nos minutos antes da meia-noite, montávamo-nos na mota e arrancávamos cheios de pica, para entrarmos no ano novo a alta velocidade. O entusiasmo era muito, a sensação inesquecível. Os nossos desejos não levavam passas, nem o chinfrim dos tachos, não conseguíamos ouvir as badaladas. Só ouvíamos o nosso coração a bater e os gritos que nos fugiam da boca.



Mais logo não há mota, nem velocidade, nem a excitação de antes. Mas aposto que ainda vou sentir o vento na cara...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ãmor


Hoje ao jantar comi uma romã. E vi-me outra vez menina, sentada em frente da lareira, encantada com os estalidos do fogo e as cores quentes das labaredas a enrubescer-me a face. A minha avó, ainda nova, a contar-me lendas da raia beirã. A minha saia vermelha rodada e o gancho laranja em forma de lua cheia. Mil e uma sementes a dar-nos tempo para mais uma lenda. O cheirinho a lenha denunciando a chegada do meu avô.

Sinto a cara quente e a alma vazia...

Que saudades de ser menina...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O que é isto de ser professor?


É difícil definir. Mas o mais parecido que há é bebermos uma garrafa de litro e meio de coca-cola e arrotarmos pelo nariz.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Há coisas que me fazem espécie

O português tem expressões fantásticas para quem foi perdendo aqui e além uns parafusos e não ouve algo sem imediatamente visualizar porcaria.
Desde pequena ouço um lado da família (chamemos-lhe o lado esquerdo) a usar a expressão tão beirã "estar com o burrico" para significar "estar com uma puta duma neura".

Ah e tal não chateies a tua prima que ela hoje está com o burrico
Na minha cabeça? Asneira.

Depois surgiu "fazer uma vaquinha".

Vamos fazer uma vaquinha para a viagem de finalistas
Wtf? Não seria mais rápido de avião?

Hoje em dia aprecio a tão recorrente "montar uma cabala".

Fulaninho de tal afirma que estão a montar uma cabala contra si.
Será escusado dizer o que me passa pela cabeça. Mas, se calhar, se Fulaninho de tal se desviar os outros dois são capazes de cair, não?





sábado, 23 de outubro de 2010

estalo de sufragista


Cum raio! Mais de 150 anos de luta e eu ando hoje com um sorriso parvo por ter um bolo quentinho acabado de sair do forno, depois de ter estendido lá fora duas máquinas de roupa, arrumado todas as divisões da casa, guardado a roupa e o calçado de verão, serem 13h19m e já ter dado o almoço ao miúdo, ter almoçado eu e lavado toda a louça à mão. Sinto que está tudo no sítio. Pff! Estúpida.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

a minha receita de polvo à lagareiro

Para conseguir lavar o polvo, tirar-lhe os olhos e o dentinho, preparo um balão amarelo e coloco-o na boca. Com os dentes e a língua, controlo o balão, encho-o e solto-o. O João escaca-se a rir e vai buscar o balão. Repito 4 a 5 vezes. Cozo o polvo na panela de pressão com uma cebola inteira, uma folha de louro, sal e pimenta, durante 30 minutos. Depois de cozido, retiro-o da panela enquanto atiro uma bola de ténis contra a parede, com tanta força que a bola vá parar ao fundo da cozinha e, assim, tenho tempo para o pôr numa travessa de barro. Descasco os alhos, corto os pimentos em tiras largas, junto as batatas com a pele e os restantes ingredientes na travessa. Se a bola já não estiver a resultar, recorro ao balão outra vez. Se o balão rebenta, vou buscar outro, mas tem que ser amarelo, o azul não funciona tão bem. Polvilho com salsa, rego com o azeite e levo ao forno a 200º C durante 40 minutos. Salpico com o vinagre. O Polvo. Com água, a cara do João. Isto garante-me mais uns momentos na cozinha.
Bom apetite!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

As coisas de que verde pinheiro em sépia, por um lado, não gosta e, pelo outro, detesta


As pessoas que começam TODAS as suas intervenções com "Não..." tornam o meu dia mais alegre.

Hugo Gilberto - António-Pedro Vasconcelos, é a tua vez de intervir.
António-Pedro Vasconcelos - Não, eu só quero dizer que ...

in Trio de Ataque

Hugo Gilberto - Pintaste a parede da sala de beije?
António-Pedro Vasconcelos - Não, pintei-a de beije.

in Minha Mente Tresloucada


E, agora que penso nisso, conheço tanta gente assim! O que há de tão giro em contradizer tudo o que ouvem para depois afirmarem exactamente o que foi dito pelo interlocutor? A minha nova estratégia para dialogar com esta malta e não lhes saltar ao pescoço e morder o nariz é comprimir os músculos dos orelhas (será que os temos? Acho que sim, porque, neste momento, estou a fazer exercícios de Kegel nos ouvidos e está a funcionar) e ouvir apenas o não. É divertido. E depois, na minha cabeça [tresloucada] vou fazendo perguntas diferentes das que me saem da boca, ouvindo sempre apenas a parte da resposta que me interessa.

- Achas-te inteligente?
- Não, (e eu deixo de ouvir o resto)

- Consideram-te atraente?
- Não, blablablabla...

- Achas que devias começar sempre as tuas frases com não?
- Não, mas gosto de falar com os outros como se fossem parvos.

domingo, 26 de setembro de 2010

Não há nada mai lindo do có estrato social


Quem descobriu a pólvora, inventou a roda ou encontrou a penicilina devia achar que fazia grande favor. A pólvora magoa. Ah, pois é! E se não tivessem inventado a roda n´ão haveria agora tantos carros a dar cabo do ambiente e, acima de tudo, a roubar os lugares de estacionamento aqui em frente. Já para não falar do que a penicilina faz às nalgas de uma pessoa.

Agora, o estrato social... isso sim, uma invenção de se lhe tirar o chapéu.

Lembro-me de duas situações que fortalecem a minha teoria.

A segunda foi testemunhada por uma amiga daquelas inteligentes e de boa conversa. Não me lembro de quem me contou a primeira, mas tenho pena. Seria pessoa para fazer parte do meu grupo de amigos ainda hoje. Se calhar faz. Mas não me lembro quem foi. Aliás, estou a pensar e se calhar eu até lá estava também, não estou recordada, e presenciei esta pérola:

Porto. Ribeira. Esplanada. Sol. De inverno. Mesa carregada de estudantes de letras, id est, 200 gajas e 1 pirilau. Mesa ao fundo com um elemento feminino da zona. Giraça. Pernoca à mostra. Mamoca também. Começa a troca de olhares entre o elemento masculino da nossa equipa e a ribeirinha. Quer dizer, não seria bem uma troca de olhares, uma vez que as mamas não têm efectivamente olhos. Abáncemos! Vai lá. Mete-te com ela. Senta-te na mesa dela. Mete conversa. Não és homem não és nada. Não vou nada. Mete-te tu na tua vida. Tou aqui bem. Não tenho nada para lhe dizer. Fico aqui a mandar-lhe olhares. Só me envergonham. Deixem-me estar. Olha que é gira. Vai convidá-la para ir ver o rio. Vês, já se vai embora. Nunca fazes nada do que te dizemos. Levantou-se, já não vais a tempo.
E a ribeirinha, as suas coxas e decote caminham em direção à nossa mesa. Vês, quando o Maomé não vai à montanha...

- Oube lá, ó chabalo, num páras d'olhar pra mim porquê? Por acaso tenho a c*na na testa?

Enfiámos todas a cara nas mochilas e passámos, dali em diante, a chamar-lhe ribeirona.


Serra da Estrela. Cão-pastor. Queijo. Neve, quando calha. Estrato social #2. Homem fino, roupa de marca até à ponta dos cabelos, literalmente, não estivesse ele na pista. Filha = ao pai.

- Constança Maria, não saia daqui! Constança Maria, sempre ao pé do pai, sim? Constança Maria, veja lá não escorregue! Constança Maria, olhe que se magoa... Constança Maria, não se agarre ao pai. Constança Maria, deixe as mãos do pai. Constança Maria, não toque na perna do pai, não vê que o pai tem a perna toda f*dida?!

E prontus. É por estas e (muitas) outras que eu amo de paixão o estrato social.




sexta-feira, 24 de setembro de 2010

After all you haven't lost that lovin' feelin'

Quando uma bitchy gripe nos ataca e atira para a cama é que percebemos que entra tanta gente conhecida no Top Gun!!
Só me lembrava do Tom, do Val e da Kelly, mas está lá o gajo do Robocop, o de Picket Fences, o dos Heroes, não me lembrava que a Meg Ryan também entrava, o Goose é o do ER?, olha o Mr. Strickland, e o Tim Robbins, chiiii o tipo das Asas nos Pés...
Carregadinho, o raça do filme!

Lembrei-me agora que sempre quis ter um blusão de aviador. Nunca saiu de moda, pois não? E a palavra blusão?


Finalmente entendo a velha máxima com a idade vem a sabedoria.

O que sabia a eu dezona? Que sabia tudo. Que os pais nunca tinham razão. Que os gajos eram como os rebuçados e vinham em sacos de plástico ranhosos. Que ia casar com o Richard Dean Anderson (versão MacGyver) e, de seguida, com o Bret Hart. Que as amigas eram para toda a vida.

A eu vintona? Que, se estudasse bastante, aos trinta tinha um SLK e ensinava em Cambridge. Que não ia casar com o não-sei-das-quantas-que-aparece-no-Stargate. Nem com o Bret. Que algumas amigas eram para toda a vida.

Depois dos 30 sabemos mesmo muito mais. Sabemos que começa tudo a cair. Sabemos que não volta nada a subir. Sabemos que o que enruga não volta a desenrugar sem várias idas à farmácia ao pé da escola. Sabemos que o SLK do vizinho em cinzento é que é giro. Sabemos que uma amiga ficará connosco por vários anos: a Celu Lite. Sabemos onde fica Cambridge. Sabemos que a partir daqui não melhora.

É pena que quem nos manda tanta sabedoria não enfie sorrateiramente umas notas na nossa carteira para irmos corrigir o excesso de conhecimento.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Os girinos dão-nos a volta à vida

De há uns tempos para cá, todos os dias, um casal traz um menino de 4 anos para brincar aqui atrás no parque. Têm ambos um ar desistente, vestem-se sempre de preto e usam uma cara triste. Todos os dias vêm cá. Devem viver perto, mas nunca antes os tinha visto. Parece que o mundo lhes caiu em cima. Caminham lentamente, cabisbaixos, com roupas desbotadas e rasgadas. O menino usa sempre as mesmas sapatilhas rotas. Parece feliz. Não sei que grau de parentesco os une, mas são muito próximos. O preto faz adivinhar o pior. Diria que desistiram da vida. Mas quem dedica tanto tempo do seu dia-a-dia a uma criança e lhe acaricia o cabelo na hora de ir para casa, triste por deixar a brincadeira, não pode ter desistido de nada. Antes muita gente coberta de dourados e vermelho da cabeça aos pés soubesse transformar a tristeza num amor assim. Aquele miúdo é feliz por muito velhas que sejam as sapatilhas.

as coisas favoritas de verde pinheiro em sépia #3


Legumes crus. Feijão verde, nabo, couve-flor, abóbora. Preferência por esta ordem. Provavelmente fruto de uma infância passada no meio do batatal. Mas, no topo do top, tomate (grande) cortado ao meio carregado com meio saco de sal grosso. Pá! Até me cresce água na boca.
Eu e a comida temos uma relação problemática e abusiva. É que não sou capaz de parar. Tenho que comer acompanhada (ou num restaurante muito caro) para me avisarem quando está na hora de parar. A minha sorte é que, durante a gravidez, trabalhava no Porto e podia comer tripas à vontade! E picles. Às 4 da manhã. E litradas de capuccino. Muitas tripas mesmo. A travessa toda só para mim. Ia comer sozinha à quinta-feira. E o restaurante era baratucho. Ainda dizem que os desejos são caprichos...

sábado, 28 de agosto de 2010

Sufixos... bahh!


Encontrei a definição de sexyeza sexysão sexytude sexydade sexydez ser sexy.


Hoje de manhã, a praia de Espinho estava um espetáculo (vou poupando os cês para a palavra que mais vou dizer quando tiver mesmo que aplicar o acordo)! Exclamava quem tinha acabado de chegar do Allgarve que aqui se estava muito melhor. E a água? Já não me lembrava de a sentir assim: uma extensão plana e fantástica morna-a-atirar-pró-quente. Vinha a sair da água, a olhar para o que se consegue ver de nós próprios sem um espelho e a pensar


Há lá algo mais sexy do que uma mulher a escorrer água salgada, com um bikini suficientemente grande para tapar a cicatriz da cesariana, suficientemente armado para levantar mamas que amamentam há vinte e quatro meses e a carregar um matulão de dois anos?


Pois, eu logo vi que não.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Vai buscar!


Knowing, The Time Traveler's Wife, Tooth Fairy, Angels and Demons e The Back-up Plan em 3 dias. E mai nada!

Convém registar, que isto tão cedo não se repete...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

cuidado, não escorregue: este post está carregado de inveja e barrado com chantilly


A Soraia Chaves está a falar. Não tenho o comando por perto nem me apetece levantar para o procurar. Portanto tenho mesmo que assistir aos seus trejeitos a la Monroe. E estava aqui a pensar que deve ser extremamente fastidioso viver com uma pessoa sensual. Imagino o acordar, lânguido e arrastadiço, logo eu que acordo cheia de fome e tenho que comer logo qualquer coisita antes de começar a agredir quem me apareça pela frente, e, à mesa, Querida, o que queres para o pequeno-almoço? Humm... po-de ser pão (nesta fase já estaria a outra pessoa a desejar que a gaja queira mesmo só pão, seco, sem nada) me-ta-de com man-tei-ga e a ou-tra me-ta-de com mar-me-la-da e se qui-se-res po-des tra-zer chan-ti-lly pa-ra me be-sun-ta-res as co-xas e tra-zi-as tam-bém u-ma gi-le-te já a-go-ra que o e-fei-to é pa-re-ci-do...

E não, isto não é inveja. Teria sido há uns tempos atrás. Agora já só invejo intelectos. Desde que vi a Eva Herzigova depois de ter sido mãe sinto que sou uma mamã mui-to sen-su-al...

domingo, 22 de agosto de 2010


Numa conversa sobre jogadores de futebol com mulheraças e actores bem-parecidos com aventesmas, discutíamos o motivo que leva as pessoas a quererem uma vida em comum e alguns casais que parecem não fazer sentido mas fazem. Argumentei que são as diferenças entre o casal que mais os unem. Não concordou. Acrescentei, pensando que ia rematar a conversa, que o que mais me atraiu nele foi o seu lado mais desportivo e que, provavelmente, ele teria gostado mais do meu lado literário. Não, gostei mesmo foi do teu lado traseiro!

Over and out!

as coisas que enojam verde pinheiro em sépia #2


Pessoas que dizem, de peito cheio e nariz para a lua, "eu sou muito frontal", "o que tenho a dizer digo na cara" e outras pérolas desta categoria.

Nunca alguém foi suficientemente frontal para lhes dizer na cara que isso não é frontalidade? Isso é falta de chá. É falta de educação. É não saber estar em sociedade.

Acredito que a primeira regra de convívio é a hipocrisia. Considero-a até bastante carinhosa. É que esta não implica cravar uma naifada nas costas de alguém. Significa sim que digamos aos outros algo agradável que não é verdade mas vai fazer a diferença na sua boa disposição e que não lhe digamos algo verdadeiro competamente desagradável e que nada de bom vai trazer à sua existência.

E não ser frontal não é idêntico a ser mau profissional, mau amigo, má pessoa. Aliás, por já o ter visto, vezes demais, sei que as naifadas vêm das pessoas "frontais".

É que, demasiadas vezes, calar é amar.

as coisas favoritas de verde pinheiro em sépia #2

Máquinas do tempo

Quem me dera ter uma. Dava-me mesmo muito jeito.
Ontem, enquanto via o filme The Time Traveler's Wife (o primeiro que consigo ver do início ao fim, sem interrupções, em muito tempo!), voltei a sonhar com o jeitaço que me dava poder movimentar-me no tempo. Para o passado, principalmente, que é a ele que estou presa. Mas o futuro também seria interessante (para uma pessoa que gosta de ler os livros a começar pelo fim, principalmente. Quer dizer, não são só os livros, são os filmes, as séries, até os concursos. Gosto do American Idol. É a febre de sexta-feira à noite cá em casa. Mas primeiro, para ganhar gosto pela coisa, vou à net ver quem ganha. Caso contrário, não tenho apetite para ver o programa e agora já fechava parêntesis que isto vai longo ou então se calhar é melhor mudar de parágrafo

Ao passado é que era! Pode ser numa destas

mas já com o Michael J. Fox ao volante.
Mas depois vinha a correr para aqui embalar o João.

domingo, 8 de agosto de 2010

Ora se verde pinheiro em sépia tem coisas favoritas, também as há que a tiram do sério e, com as suas mãozinhas esguias, lhe trepam pela cavidade oral, alcançam a garganta e dão vómitos terríveis.

Cá estão






e são de evitar em fases de DPM!!!!!!!!






Gentinha que diz "a minha empregááááda".


"A minha empregááááda está doente, não sei quem me vai passar a roupa a ferro."
"O bebé fica com a minha empregááááda enquanto vou à manicure."
"A minha empreááááada já me deixou o almoço adiantado."


Ui!! Ca nojo!
Diz que se vai reformar. Diz que ansiava pelo momento em que lhe fosse possível conjugar a idade com o tempo de serviço para não ter penalização.
Pois alguém tem que a substituir. E, se esta querida pode ter um segmento sobre as suas coisas favoritas, eu não posso porquê? Só porque ela arrota notas ao pequeno-almoço e eu não? Pode ser que alguém venha cá ao estaminé e, numa fúria de piedade, resolva mandar-me uns trocados.




AVISO: Esta rubrica que hoje se inicia não é uma wishlist!




Mas se alguém quiser vir cá buscar ideias para me mimosear, sinta-se à vontade!














Convém analisar cuidadosamente os objectos mais caros úteis...







Pulseira Pandora

Acho a ideia giríssima. Ter no pulso símbolos dos melhores momentos da minha vida e das pessoas que me marcam é mesmo próprio de quem tem o romantismo entranhado.


Faltam-me algumas peças fundamentais, que estão cuidadosamente assinaladas a fluorescente no catálogo que se encontra na tua mesinha-de-cabeceira. Obrigada.




segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Por que é que


o Discovery só dá anúncios dobrados em espanhol?!
Uma gaja lava a louça a correr, recolhe a roupa seca e põe mais uma máquina a lavar, aspira a carpete da entrada que estava um nojo, põe flores fresquinhas na jarra, arruma o crochet no cestinho, coloca as almofadas por ordem de cores no sofá, e quando pode, finalmente, sentar-se com uma mini e uma mão de amendoins para ver o Top Gear espetam-lhe com anúncios dobrados em espanhol!!
Não está bem!!!!!!

Adenda




a este post:

"Pipi Meias Altas, Pipilota para os meninos sou..."


Fenomenal!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sente-se que é Verão


e o calor faz-lhe inchar as pernas!

Há quem fique opado com o calor e há quem fique estúpido!

Já não é a primeira vez que encontro num blog o desabafo de quem se sente incomodadíssimo pelo facto de encontrar carrinhos de bebé no areal quando vai à praia.
E de facto é compreensível que a ideia estapafúrdia de se chegar à praia e carregar 15 kgs de gente e um carrinho de bebé incomode.
Faz muito pouco sentido que alguém que viva a 10/15 minutos da praia se enfie no seu bólide, percorra todo um caminho até lhe cheirar a algas e depois volte para casa por não arranjar onde estacionar o veículo. Porquê? Porque os lugares estão todos ocupados pelos carros daqueles que se sentem incomodados pelos carrinhos de bebé na praia.
Quando esta gente que se queixa de tal parolice na sua zona exclusiva do areal tiver um dia uma criança vai precisar de uma grande amplitude anal. É que convém terem onde guardar os carrinhos para não fazerem cenas tristes!




terça-feira, 20 de julho de 2010


Sempre que leio um livro ou vejo um filme, começo pelo fim. Lembro-me desta mania desde que me lembro de mim: primeiro, a última folha, ou a última cena. É muito mais aliciante ter um DVD na mão e ir ao que interessa do que estar numa sala de cinema a espirrar por causa do ar condicionado sem saber qual é o fim do filme até chegar ao fim do filme. É muito mais aliciante ler a última página de uma história do que estar num suspense aborrecido do início ao fim do livro.
Na verdade, o que me interessa não é o fim , mas o que aconteceu para se chegar a esse fim. Fins qualquer um arranja. Mas a viagem até lá...

Sentiu as pontas do dedos endurecidas pelo tempo percorrer-lhe os sulcos da face. Também o seu rosto havia sido fustigado pelos anos.
- A sensibilidade na ponta dos dedos vai desaparecendo com a idade, meu amor...
- Não te sinto as rugas com os dedos, querida. Sinto-tas com a alma.
- Que poeta me saíste!
- E adivinho! Não te disse que ainda me vinhas parar aos braços?
Nos braços também se perde a força. Mas o abraço sentiram-no os dois com a alma.


Vejamos o que sai daqui.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

No meu tempo...





Nunca prestei atenção aos desenhos animados.

Mas agora não se vê outra coisa cá em casa.

Os de hoje são muito violentos. Desde os pontapés do Dragon Ball à atitudezinha das Bratz. São um incentivo à destruição da harmonia social. É por causa deles que os miúdos não sabem estar.


A malta da minha geração é que sim. Aprendemos tanto com o que víamos e ouvíamos na TV.


Por exemplo, o gato:

"Atirei o pau ao gato to to / Mas o gato to to / Não morreu eu eu"



Pois... se calhar não foi o melhor exemplo. Incita ao felinocídio.


Hããã... vamos tentar outra:



"Que linda falua, / que lá vem, lá vem, / é uma falua, / que vem de Belém.


Eu peço ao Senhor Barqueiro / que me deixe passar, / tenho filhos pequeninos / não os posso sustentar.

Passará, não passará, / algum deles ficará, / se não for a mãe à frente, / é o filho lá de trás."



Porra!... Nem comento!



Alecrim, alecrim aos molhos,

Por causa de ti
Choram os meus olhos.


É! Eu também tenho este problema, mas é mais com aquelas flores amarelas do Gerês.

Vamos recuar um poucochito.


Cantava a Heidi nos anos setenta:


"Avôzinho diz-me tu,

Quais são os sons que oiço eu.
Avôzinho diz-me tu,
Porque eu na nuvem vou.

Diz-me porque já são horas,
e diz-me porque eu sou tão feliz."



Ó, Heidi, em 1974, tu deves ser feliz porque ainda restava no ar algum vestigiozito do Woodstock, não? E essa história de na nuvem ires... humm...


Experimentemos o teu primo:


"É um no porto italiano / mesmo ao pé das montanhas / que vive o nosso amigo Marco


(...)


Vais-te embora mamã!?
Não me deixes aqui.
Adeus mamã.
Pensaremos em ti."


Provavelmente, Marco, a mamã foi ali queimar o soutien e vem já.



Assim de repente, não sei porquê, acho que prefiro o Dragon Ball e as Bratz!




terça-feira, 29 de junho de 2010

Jabulani


au revoir
αντίο 
arrivederci 
goodbye
adeus

Agora vou só ali ver como se escreve temos pena nestas línguas todas e volto já... 

Ah! Outra coisa: que alívio no fim do último jogo de Portugal. Silêncio total na rtp1 hd! Não tenho nada contra o seleccionador espanhol, mas pelo menos estivemos uns minutos sem barulho. A malta daquele país saberá que tem um grave problema de varejeiras?

terça-feira, 15 de junho de 2010

Acabaram-se os vidros limpos


Pensar que dantes tinha a mania dos vidros limpos, divisões arrumadas, tralha onde ela deve estar (bem escondida para ninguém deitar fora, porque vai daí um dia pode ser precisa e está ali à mão)...
O que mais aprecio nos dias que correm, em minha casa, são as marcas, dedadas e lambidelas que teimam em não sair dos vidros. E as miniaturas de toalhas que ocupam agora os espaços. Colheres e garfos pequeninos. Brinquedos. Brinquedos. Roupinha. Brinquedos. Tudo espalhado. Por todo o lado. As olheiras e, mais abaixo, um sorriso que não se apaga.

Irritam-me as pessoas que se queixam que os filhos não as deixam dormir, que passam a noite a acordar e que já não aguentam mais. Nunca as ouvi queixar-se das noitadas e das queimas e das tainadas.


Hummm

Eh pá, tenho que parar de me queixar...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

alergias


Sempre tive muitas alergias. Perde-se a conta das horas que passei no hospital, regra geral ao fim-de-semana ou à noite, só para estragar os planos dos recém-papás, por causa da asma, da bronquite, da rinite, ...
Mas se havia coisa que, quando era miúda, me provocava um gigantesco ataque de comichão era falarem de mim a alguém como "a minha namorada".
A asma brônquica ou bronquite asmática ou lá o que era abrandou com a idade. A outra alergia exacerbou-se. Fico logo com tossiqueira quando alguém diz "o meu marido". Então e "a minha esposa"? Arrrgghhhh! E que tal passarem a dizer, a partir de agora, "a minha esposa, a agrilhoada"? Já estou com vermelhidão só de pensar nisso!
Eu digo sempre o Pedro isto, o Pedro aquilo. E toda a gente percebe! Claro que, às vezes...


- Olha, nisso divisão das tarefas domésticas, o Pedro é impecável.
- Pedro? Quem é o Pedro?
- É um criado de barba rija que lá tenho, com a maçã de Adão saliente, músculos bem definidos, unhas cortadas e limadas, pêlos todos rapadinhos, que faz a limpeza da casa só com um avental de tamanho xxs!


(A asma passou, mas de vez em quando volta. Não posso limpar o pó nem aspirar, os vapores da cozinha não me fazem bem, nem o cheiro dos produtos de limpeza! Não vá Pedro querer receber o salário no fim do mês sem fazer nenhum!)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Escutas?


- Acordei o miúdo?
- bzbz
- Já cagou?
- bzbzbzbzbzbzbzbzb
- E é duro ou mole?
- bzbzbzbzbzbzbzbzb
- Se calhar foi do caldo verde.
- bzbzbzbzbz
- Vai lá, vai lá, que já o ouço chorar.

Estas ninguém as destrói!

Figueira, Figueira da Foz


A praia da Figueira sabia tão bem à terça-feira...

terça-feira, 18 de maio de 2010

A minha mãe transforma um diamante num reles calhau


As pessoas que dão tudo de si tendem a ser mais exigentes e selectivas.

Vamos baptizar o JA e andamos à procura de um local para a comezaina. Fomos ao sítio mais trendy aqui da metrópole, várias vezes, na esperança de me desapaixonar pelo lugarejo (que é caro cumó piii). A grande asneira foi termos lá ido comer. Ai e tal, são capazes de servir mal, pedir-nos os olhos da cara e assim desistimos logo. Pois.

Mãe, tens que ir ver aquilo. É mesmo como sonhei. Devíamos ter feito lá o casório. É espectacular. Romântico. Moderno. Acolhedor.

Vamos lá então.

A senhora que nos recebeu, toda cheia de nove horas, a barbela atravancada entre o queixo e o pescoço a indicar que se trata de gente de relevo, inicia a visita guiada. E a minha mãe sempre, SEMPRE, com ar de desdém. Aqui fazemos a recepção aos convidados. Aqui? Sim, aqui (estupefacção). Se quiserem e estiver bom tempo pode ser lá fora! Mas normalmente é aqui. Neste espaço servimos os pratos. Neste? Sim, costuma ser aqui (engole em seco). Podem sempre circular pelos vários espaços, mas... Então e o salão? Onde fica o salão? O salão (careta de aflição) é... é aqui. É... Aqui? É isto?Aaaah! (entre dentes) Vamos embora que isto parece uma marquise!

Aspecto positivo: lá foi a barbela!

A minha mãe dá tudo de si. É muito exigente com quem a rodeia e consegue, no entanto, ser a pessoa mais tolerante que conheço. Além disso, desenganem-se, porque a minha É a melhor mãe do mundo!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Ruca e o campo de morangos

Tem piada. Estou aqui com o meu príncipe a ver o Ruca no Youtube. Ruca e o campo de morangos. E estou, como sempre, perdida em pensamentos dedalianos, a rir da ironia: Filho, tudo começou num campo de morangos, foi lá que começaste a existir!

domingo, 9 de maio de 2010

Estou tão emocionada


O benfica é campeão e, no lindo estádio da luz, enquanto os fantásticos jogadores recebem as suas medalhas, a música de fundo que os acompanha data precisamente da última vez que este clube venceu o campeonato!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

As pessoas supersticiosas são estúpidas. As pessoas supersticiosas são estúpidas?


A minha melhor amiga é muuuuiiiiiiito supersticiosa.

Ah e tal, viste a novela? Eh pá, tenho a orelha vermelha, quem será a malvada que está a dizer mal de mim?

Tem estado uma ventania! Não, não abras o guarda-chuva aqui dentro que ainda começa também a chover!

Cruza os dedos que aquela gaja olhou pra mim com uma cara!

Hoje vinha a pensar nisso. Ser-se supersticioso é ser-se estúpido, não é? Faz lá agora algum sentido acreditar que um gato preto não sei quê e bater na madeira não sei que mais? Oh! Hoje vinha a pensar nisso e lembrei-me da minha melhor amiga, enquanto me desviava de uma escada.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Quais peta zetas, quais quê?


Dantes fazia isto muitas vezes e agora quando me lembro só me apetece encher a boca de rebuçados de mentol, mastigá-los à pressa e beber dois copázios de água (não é assim tão radical?Experimenta!)

terça-feira, 4 de maio de 2010


Just a song



A song that I can dance to

Hummm.... difícil!




A song that no one would expect me to love


A song that reminds me of someone


My least favorite song


(não é bem não gostar, é mais irritar...)


Desafio



Encontrei
aqui um desafio que me agrada: consiste em fazer uma escolha musical durante 20 dias seguidos. Está visto que não vou cumprir alguns requisitos...



Day 1 - Your favorite song
Day 2 - Your least favorite song
Day 3 - A song that makes you happy
Day 4 - A song that makes you sad
Day 5 - A song that reminds you of someone
Day 6 - A song that reminds you of somewhere
Day 7 - A song that reminds you of a certain event
Day 8 - A song that you can dance to
Day 9 - A song that makes you fall asleep
Day 10 - A song from your favorite band
Day 11 - A song that no one would expect you to love
Day 12 - A song that describes you
Day 13 - A song from your favorite album
Day 14 - A song that you listen to when you’re angry
Day 15 - A song that you listen to when you’re happy
Day 16 - A song that you listen to when you’re sad
Day 17 - A song that you want to play at your wedding
Day 18 - A song that you want to play at your funeral
Day 19 - A song that makes you laugh
Day 20 - Your favourite song at this time last year

Cá vai:

My favorite song