mais memórias para:
verdepinheiroemsepia@gmail.com

domingo, 31 de agosto de 2014

Da preguiça

Filhote, faz aí um desenho para a mãe adivinhar o que é.
Oh, não me apetece... não gosto de desenhar...
Vá lá! Só um!
Está bem...
Tchqtchqtchqtchq
Ora, isso é só um quadrado!
Não, não!
Ah! É um quadrado com outro dentro.
Nãããã...
Uma televisão?
Não.
Um livro?
Não.
Desisto. Não sei o que é.
Como não sabes, mamã? É tão fácil! Não se vê logo que é um quadro do homem aranha?
Mas... não há aí nenhum homem aranha!
Claro que não! O quadro está de costas!

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Como descobrimos que um menino sabe o que é o amor?

O pirata mais velho foi dormir a casa dos avós. Como o sono não chegava, disse ao avô:
- Eu sei como fazemos: pensamos em coisas de que gostamos muito e o sono aparece!
- Mas eu não sei em que devemos pensar! - respondeu-lhe o avô.
- É fácil: eu penso em super-heróis e tu pensas em mim e no mano!



terça-feira, 19 de agosto de 2014

Então o teu pequenote a que horas se deita?
Às nove e meia.
E a que horas acorda?
Às seis.
E naquelas ocasiões especiais, como férias e assim?
Às seis.
E se houver festa e se deitar ainda mais tarde?
Seis.
E...
Seis.


Seis.

domingo, 3 de agosto de 2014

O João tem uma costela linguista parecida com a minha. Questiona frequentemente algumas situações  que lhe parecem ser absurdas. E são. Hoje pôs em causa o género de alguns nomes.
Mamã, já reparaste que pila é a pila e pipi é o pipi? Que disparate!
O Pedro, do alto dos seus dois anos, joga pet rescue como gente grande. Esta geração é tramada. Nós tínhamos que chegar à adolescência para acharmos que sabíamos tudo. Estes miúdos já sabem tudo e não sabem disso.