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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Quase não prego olho nas últimas trezentas e oitenta e duas noites. Mas o meu pequenito agarra-me a cara com as duas mãos e tapa-me estas olheiras com os beijos mais macios do mundo.

Afinal quem é o adulto aqui?

Sempre que saimos os dois, antes de chegarmos ao portão da garagem:

Mamã, fechaste a porta?
Sim, filho.
Tens o cinto posto?
Tenho, filho.
Trouxeste o meu boné?
Trouxe, amor.
Então, podes seguir.

domingo, 28 de julho de 2013

O João tem muito de mim. Temos, por exemplo, em comum o gosto por piadas parvas. Muitas vezes rebolamos os dois a rir e o resto da sala, cheia de gente, fica a olhar para nós com ar de piedade.

O que isto tudo à nossa volta, mamã?
É a natureza, filho.
A natureza? A natureza, ana isabel, ana miguel.




Gosto de me sentir acompanhada nestas coisas.





terça-feira, 16 de julho de 2013

Quem é amiga, quem é? #4

Se há coisa que me irrita é não ter jeito para alguma coisa. Não descanso enquanto não lhe dou a volta e parecendo que não isso é cena para me fazer perder algum tempo. E ganhar alguns quilos.



quinta-feira, 11 de julho de 2013


O meu mais recente grande amor fez anos pela primeira vez. E eu fiz um bolo de aniversário pela primeira vez. O João apagou pela primeira vez a vela do mano. Os avós abraçaram o neto mais novo que pela primeira vez é cada vez menos bebé e mais menino. São tantas primeiras vezes e ainda assim a alegria, de tão grande que é, não cabe nelas.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Há a mãe-galinha, há a mãe-coruja. Eu sou a mãe-toupeira.

Ando sempre a reclamar que não quero brinquedos espalhados pelo chão. Muito menos peças pequenas!

Hoje de manhã, já farta de os apanhar e meter no cesto, entrei na cozinha ainda antes de por as lentes mas já depois de tirar os óculos. 
Caramba! Estou farta de vos dizer que não quero brinquedos no chão! Muito menos destes pequenos! 
Enquanto me agachava, os miúdos olhavam para mim com ar de quem tem uma mãe muito estranha, entre a incredulidade e a vontade de rebentar a rir. Eu estava agarrada ao batente da porta.

Caraças!

Faz de conta que vamos a uma entrevista de trabalho mesmo antes de irmos à praia e levamos um vestidinho fresquinho. 
Faz de conta que antes de sairmos de casa achamos que aquele decote não é adequado ao primeiro momento mas é porreiríssimo para o que se segue.
Faz de conta que abrimos uma gaveta, sacamos de lá um alfinete qualquer e disfarçamos o decote minimamente.
Faz de conta que quem nos vai entrevistar é um senhor cheio de nove horas.
Faz de conta que a meio da entrevista o alfinete abre e o mamalhame salta todo para fora do vestido.
Faz de conta que hesitamos dois segundos (se ponho lá as mãos vai parecer que fiz de propósito, se não ponho isto fica para aqui tudo à solta. e agora? o que é menos mau?).
Faz de conta que resolvemos que afinal é melhor arranjar aquilo e ainda chamamos mais a atenção para o local.
É muito mau?
E agora faz de conta que nos levantamos e o sentimos o vestido preso entre as nádegas. Não é fácil sair de uma sala discretamente em marcha-atrás!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ainda tenho lágrimas nos olhos

Hoje assisti à cena mais ternurenta entre mãe e filho. Lembro-me de vários outras, mas esta está, pelo menos, no top 5 da coisa. 
O menino não devia ter mais de 6/7 anos. Loirinho, com ar angelical. Uma fofura.
A mãe, do alto dos seus sábios 40 e poucos, envergava um Tommy e cabelo acabado de arranjar. 
O menino, com voz suave, puxou a manga da mãe e disse-lhe docemente: Mamã, aquele menino acertou-me com a mochila nos tomates. Ao que a mamã respondeu, agachando-se com candura: Querido, a mamã não gosta que uses essa palavra. Já te tinha dito! Tomates é uma palavras muito feia! Diz antes testículos ou colhões, está bem, fofinho?

É ma-ra-vi-lho-so. Ainda tenho lágrimas nos olhos...

terça-feira, 2 de julho de 2013

Sou uma gaja muito popular

Comecei o dia do meu aniversário com mensagens da ótica onde vou buscar as lentes, da seguradora, da ourivesaria onde comprei a aliança e da evax. As minhas amigas são umas porreiras.