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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sente-se que é Verão


e o calor faz-lhe inchar as pernas!

Há quem fique opado com o calor e há quem fique estúpido!

Já não é a primeira vez que encontro num blog o desabafo de quem se sente incomodadíssimo pelo facto de encontrar carrinhos de bebé no areal quando vai à praia.
E de facto é compreensível que a ideia estapafúrdia de se chegar à praia e carregar 15 kgs de gente e um carrinho de bebé incomode.
Faz muito pouco sentido que alguém que viva a 10/15 minutos da praia se enfie no seu bólide, percorra todo um caminho até lhe cheirar a algas e depois volte para casa por não arranjar onde estacionar o veículo. Porquê? Porque os lugares estão todos ocupados pelos carros daqueles que se sentem incomodados pelos carrinhos de bebé na praia.
Quando esta gente que se queixa de tal parolice na sua zona exclusiva do areal tiver um dia uma criança vai precisar de uma grande amplitude anal. É que convém terem onde guardar os carrinhos para não fazerem cenas tristes!




terça-feira, 20 de julho de 2010


Sempre que leio um livro ou vejo um filme, começo pelo fim. Lembro-me desta mania desde que me lembro de mim: primeiro, a última folha, ou a última cena. É muito mais aliciante ter um DVD na mão e ir ao que interessa do que estar numa sala de cinema a espirrar por causa do ar condicionado sem saber qual é o fim do filme até chegar ao fim do filme. É muito mais aliciante ler a última página de uma história do que estar num suspense aborrecido do início ao fim do livro.
Na verdade, o que me interessa não é o fim , mas o que aconteceu para se chegar a esse fim. Fins qualquer um arranja. Mas a viagem até lá...

Sentiu as pontas do dedos endurecidas pelo tempo percorrer-lhe os sulcos da face. Também o seu rosto havia sido fustigado pelos anos.
- A sensibilidade na ponta dos dedos vai desaparecendo com a idade, meu amor...
- Não te sinto as rugas com os dedos, querida. Sinto-tas com a alma.
- Que poeta me saíste!
- E adivinho! Não te disse que ainda me vinhas parar aos braços?
Nos braços também se perde a força. Mas o abraço sentiram-no os dois com a alma.


Vejamos o que sai daqui.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

No meu tempo...





Nunca prestei atenção aos desenhos animados.

Mas agora não se vê outra coisa cá em casa.

Os de hoje são muito violentos. Desde os pontapés do Dragon Ball à atitudezinha das Bratz. São um incentivo à destruição da harmonia social. É por causa deles que os miúdos não sabem estar.


A malta da minha geração é que sim. Aprendemos tanto com o que víamos e ouvíamos na TV.


Por exemplo, o gato:

"Atirei o pau ao gato to to / Mas o gato to to / Não morreu eu eu"



Pois... se calhar não foi o melhor exemplo. Incita ao felinocídio.


Hããã... vamos tentar outra:



"Que linda falua, / que lá vem, lá vem, / é uma falua, / que vem de Belém.


Eu peço ao Senhor Barqueiro / que me deixe passar, / tenho filhos pequeninos / não os posso sustentar.

Passará, não passará, / algum deles ficará, / se não for a mãe à frente, / é o filho lá de trás."



Porra!... Nem comento!



Alecrim, alecrim aos molhos,

Por causa de ti
Choram os meus olhos.


É! Eu também tenho este problema, mas é mais com aquelas flores amarelas do Gerês.

Vamos recuar um poucochito.


Cantava a Heidi nos anos setenta:


"Avôzinho diz-me tu,

Quais são os sons que oiço eu.
Avôzinho diz-me tu,
Porque eu na nuvem vou.

Diz-me porque já são horas,
e diz-me porque eu sou tão feliz."



Ó, Heidi, em 1974, tu deves ser feliz porque ainda restava no ar algum vestigiozito do Woodstock, não? E essa história de na nuvem ires... humm...


Experimentemos o teu primo:


"É um no porto italiano / mesmo ao pé das montanhas / que vive o nosso amigo Marco


(...)


Vais-te embora mamã!?
Não me deixes aqui.
Adeus mamã.
Pensaremos em ti."


Provavelmente, Marco, a mamã foi ali queimar o soutien e vem já.



Assim de repente, não sei porquê, acho que prefiro o Dragon Ball e as Bratz!