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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Olá! Eu liguei a encomendar comida, mas não me lembro qual era o número. Será o 24 ou o 28, por aí...

Deixe cá ver... é a esposa do senhor Cerqueira?

Depende. O que é que o senhor Cerqueira encomendou?

:)
Sou incapaz de comer bolos ao pequeno-almoço. Sempre fui. A menos que seja pão de ló molhado. Ou tarte de chocolate. Ou cupcakes de baunilha. Ou bolo de banana com noz moscada. Ou torta de morango. Ou muffins de avelã. Ou pudim de limão. Ou cheesecake de framboesa. Ou mousse de amêndoa. Excetuando estes, sou incapaz de comer bolos ao pequeno-almoço.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Tinha escrito aqui sobre a minha propensão tara no que se refere aos sacos de plástico. Ganhei coragem, gente!! Foi tudo com o caraças! Sinto-me aliviada! Ganhei uns metros quadrados cá em casa! E não me refiro só à arrumação: isto agora circula-se melhor! Há muito mais espaço para passarmos de um lado para o outro! Estou finalmente livre daquela mania!!

Entretanto apercebi-me que comecei, não sei bem quando, a guardar frascos de vidro. Não faço compotas. Não faço geleias. Não os uso para pôr palhinhas nas festas. Não me servem para rigorosamente nada. Mas quem sabe um dia...?

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

"Prontíssima! Agora vai ficar aqui sozinha 15m enrolada neste plástico a relaxar, ouça esta música calma e descontraia. Aproveite!"

Pensamento de pessoas normais no spa

(espaço em branco)

Pensamento de algumas pessoas normais no spa

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Esta que aqui escreve

F*oda-se! QUINZE minutos? QUINZE? Com esta gosma? O que é que isto tem de relaxante? E esta porra toda às escuras, nem sequer posso ver os candeeiros, só há velinhas por todo o lado, que coisa parva! O que vale é que o massagista era do melhor.
Quanto tempo será que já passou? E não posso mesmo levantar-me? O sacana do plástico... mais parece uma cena do dexter!... O que faz uma pessoa a quem dá a volta à barriga nesta situação?
Tanta coisa gira para fazer e eu aqui, a absorver gosma. Bolas! A piscina lá fora e eu nesta sala escura a cheirar a non sense. Bela ideia a minha... e ainda estou a pagar para isto!

"Toc toc! Lamento mas acabaram os seus quinze minutos! Eu sei, eu sei! Parece que voam, não é?"

Momentos aleatórios de um sábado à noite. Bem, não um sábado qualquer...

O que achas de deixarmos os miúdos a dormir nos meus pais e irmos jantar a qualquer lado, sem preocupações e correrias e gritinhos?

Acho que sim, mas será que o pequenito fica lá bem? Nunca dormiu fora de casa sem os pais, quando te vir a sair vai armar a barraca!

Não saberemos se não experimentarmos! E apetece-me mesmo ir beber qualquer coisa depois do jantar.

Tens a certeza? Olha que quando começamos a deixar o João nos teus pais tu não passavas dois segundos sem telefonar, a comida não te sabia bem e ficavas bastante irritadiça!

Desta vez vai ser diferente! Já não é o primeiro filho, vão estar os dois juntos e ficam muito bem entregues. Estou tranquila e vou ser boa companhia, não há ponta de irritação em mim.

(...)

Eh pá, estou aqui a pensar que devíamos jantar aqui pelo quarteirão, não vá o Pedro não querer ficar. Valerá a pena forçar só para...

...irmos jantar a qualquer lado sem preocupações e correrias e gritinhos, não foi o disseste?

(...)

Come devagar!  Ainda queres ir beber qualquer coisa depois do jantar?

Não sei... a comida não me está a saber assim tão bem... acho que até estou um bocado indisposta. Vou telefonar à minha mãe a ver como estão os miúdos. Porra, a merda da etiqueta está a fazer-me comichão... rais parta esta porcaria.

(...)

A minha mãe diz que estão porreiros da vida. Mas e se daqui a pouco o Pedro se apercebe e desata num berreiro? Ele ainda é tão pequenino! Não está preparado para dormir assim fora de casa! Eu sinto que não! Isto está a ser bastante enervante... E que tal se, em vez de irmos beber qualquer coisa, fôssemos... sei lá... buscar os meninos?

(blablabla licor beirão blablabla)

E agora? Já podemos ir buscar os meninos?

Não. Bebe mais um.




sábado, 20 de agosto de 2016

Eu estava em crer que a adolescência começava lá mais para a frente, mas veio cá um monstro chamado oito anos que engoliu o meu bebé fofinho e bem educado e agora estou a chafurdar dentro dele a ver se o trago cá para fora outra vez.

Oito anos acabadinhos de fazer.

Nada de beijos, mãe.
Nada de fotos, mãe.
Nada de abraços, mãe.
Nada de carinhas-fofas-a-olhar-para-mim, mãe.

O que foi?
Que é?
Estás a ligar-me porquê?
O que queres?


Não me venhas com o "limpei-te o rabo tantas vezes quando eras bebé!"
Não me digas que vais dizer que tiravas da tua boca para me dares a mim. Que nojo!
Não quero desse gelado, já tem o teu sabor.

Podes ir, vai, vai que aqui não se passa nada! 







Mas que car*lho é isto?










Este post foi escrito ao abrigo da parvoíce que já me é conhecida para manter a estupidez que reina neste blog. É claro que ainda há muitos momentos de ternura e abracinhos nesta casa. Mas "nada de beijos, mãe!" :)

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Atualização daquele post que falava sobre a família equilibrada que estou a criar

Os meus filhos curtem ouvir Bon Jovi. Ou melhor, os meus filhos curtem ouvir You give love a bad name. Ou melhor, os meus filhos curtem ouvir You give love a bad name em repeat. Ou melhor, os meus filhos curtem ouvir You give love a bad name em repeat todos os dias. Ou melhor, os meus filhos curtem ouvir You give love a bad name em repeat todos os dias sempre que entramos no carro. Ou melhor, os meus filhos curtem ouvir You give love a bad name em repeat todos os dias desde que entramos no carro até de lá sairmos. Pior: os meus filhos cantam You give love a bad name a toda a hora.

Eu já gostei de Bon Jovi. Passou-me nestas férias. Já vem sendo hábito. No ano passado foi assim com o Abrunhosa. As minhas férias estão a condenar, ano após ano, a minha predileção por determinados artistas.

Quando agosto acabar, a minha (des)organização vai levar uma reviravolta.

Acabo de comprar a melhor coisinha que podia entrar na minha casa: um quadro de afazeres com duas colunas, "tratar disto com urgência" e "que se f*da".

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Os heróis que são super usam máscara, capa e espada. Alguns deles prescindem da capa e da espada.

Hoje uma miúda perdeu um brinco na piscina. Devia ter muito valor sentimental, ficou desolada. Como o João andava por ali de máscara de mergulho a ver os peixinhos, pediu-lha para ver se o encontrava. Bem tentou, coitada, mas nada. O João pediu-lhe  máscara de volta, colocou-a e mergulhou. A miúda olhou para mim, enquanto recuperava a esperança, e disse
Ele tem ar de quem gosta de uma missão. Tem ar de quem não falha uma missão.
Ainda não tinha acabado de dizer esta última sílaba, quando o João subiu com o braço esquerdo no ar e lhe entregou a pérola. Foi de uma alegria épica aquela cena. Cinematográfica.
Deram um abraço. Despediram-se.
Quando íamos a sair, ela correu atrás do João e entregou-lhe um rebuçado. Era de fruta. Parecia de ouro.

domingo, 7 de agosto de 2016

O meu filho Pedro, I mean, my son Peter

Sempre que quer manifestar satisfação, o Pedro solta expressivamente um "nice" ou um "cool"! Em momentos de maior entusiasmo, manda-nos um "fine" todo snob. Qualquer dia está a beber aquela mistela horrorosa de chá com leite.

sábado, 6 de agosto de 2016

Tinha pensado fazer uma massagem de drenagem linfática no início destas férias, mas acabei por não ter oportunidade de lá ir. Ainda bem. Aos amassos que tenho levado dos miúdos na praia, entre cotoveladas no estômago e amolgadelas em toda a zona abdominal, é quanto poupo e isto vai ao sítio na mesma.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O verão tem destas coisas

Há pessoas que ficam com a marca dos óculos de sol na cara. Eu cá tenho as marcas de dois meninos ao colo que só me deixam bronzear os ombros e ocupam o restante espaço. A sério, pareço aquelas pessoas que querem aparecer na fotografia mas têm montes de gente à frente.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Muitas.

O João ouve um ruído de fundo. É a mãe a ralhar com ele. Com o irmão. Com o pai.
O ruído de fundo teima em continuar. O João questiona o pai entre dentes:

Pai, afinal quantas palavras por dia é que as mulheres podem dizer?