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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Por falar em sumidades precoces: hoje, aos quatro anos, o João consegue fazer uma imitação perfeita do Fozzie. 

Ah não! Afinal é da expectoração!



Mas é ele que está a escrever este texto. Letra a letra. Com os indicadores. Le tra   a   le tra. 

Preciso de um chá de camomila.
Ahã! É, é. Pelos vistos há alguns miúdos que começam a dizer olá aos três meses. Ou antes!

Os meus filhos também são assim. Juro que quando o Pedro chora o ouço gritar qué mamáááááááá!!!! e quando a minha mãe lhe pergunta quem é o amor do menino o bebé responde com um claríssimo àbó. Ontem, enquanto o adormecia ao colo, trazia uma t-shirt com o cartaz de um filme e garanto que ele adormeceu a ler o enredo. Ah! E o João dá grandes abadas no GT4 e tira o carro da garagem.

Estas duas últimas são mesmo verdade, mas é totalmente diferente de começar a falar com três meses.

sábado, 20 de outubro de 2012

Tenho conversado com algumas amigas com várias crianças sobre a aflição de ter mais do que um filho a pedir a nossa atenção ao mesmo tempo. Dizem todas que respeitam as prioridades e a urgência da situação: fome, sono, cocó.

Eu cá também sou muito pelas prioridades e quando fico sozinha com os miúdos atendo sempre primeiro o que berra mais alto.
O Pedro adormece lindamente com:
o colo-gelatina da mamã
o colo cantado da vovó
o aspirador a bombar durante meia-hora
o berbequim na máxima potência
o truca-truca dos vizinhos

Infelizmente, apenas 4/5 destes estímulos são garantidos.


O sacana do saco do aspirador está cheio. Sacana.





quinta-feira, 18 de outubro de 2012

domingo, 14 de outubro de 2012

E a dieta continua...

Veio-me parar cá a casa uma esplêndida marmelada com nozes - abençoada madrinha! Estou desconfiada que qualquer dia bem posso guardar o sling no sobrado.

Hoarder em latência

Vamos lá esclarecer uma coisa: eu guardo as sacas das compras em sacas das compras não vá precisar delas um dia. Estamos entendidos? Ótimo.

Em casa dos meus pais, havia uma arrecadação dentro de outra arrecadação que era tudo o que eu preciso numa casa: um sítio para esconder guardar lixo. Quer dizer, não há lá só lixo (estou a usar o verbo no presente, porque tenho a esperança que os meus pais ainda não tenham lá ido sem eu saber e deitado tudo fora), também lá estão os meus livros da primária, as minhas primeiras all stars, os patins, nenucos, os cadernos da faculdade, estojos carregados de recados que passávamos nas aulas, t-shirts usadas em ocasiões especiais, mochilas do liceu. Nada disto é lixo!!                     Pois não?...                              

E como é importante manter uma casa arrumada, a minha garagem acaba de sofrer um importante upgrade:  foi-lhe acrescentado um sobrado. Estranhamente, estou com alguma dificuldade em selecionar o que vai para lá. Aquilo é de difícil acesso e sei lá quando é que vou precisar de uma saia com padrão tartan tamanho 10 anos!
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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Onde isto começou

Hoje voltei ao sítio onde isto começou. A sala está igualzinha. Só não estava lá quem me levou a querer fazer isto: uma professora topo de gama chamada Mercedes. Quem está daquele lado agora sou eu. E não é que a sala está igualzinha?

A janela da sala de cima

Quando era miúda, vivia numa casa de dois andares. Na sala de cima havia uma janela com um parapeito enorme, mas que era proibida sem a presença de adultos. Ora, já se sabe que tipo de fruta é esse. À medida que íamos crescendo, ia-nos sendo aberta a possibilidade de lá estarmos, mas dessa parte não me lembro. Ficou-me a sensação da luz do sol em boomerang a refletir-se no cimento e a bater-me nos olhos, as tranças que a minha tia me fez, os livros que folheei a fingir que já sabia ler, a horta lá fora atirada ao vento frio e a minha avó cá dentro a fazer-me camisolas de lã, a esparguete com ovo estrelado quando fazia fitas para não comer. Caraças, aquele parapeito fazia da vida uma coisa tão simples.

John's Anatomy

João chega à cozinha com um ar curioso. Aponta para o tornozelo e:
Mãe, para que serve o maléolo?

Hein??

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Pois então voltamos ao inglês. Sei... Cheira-me que vamos ter problemas.
Mas por que há de ela continuar a sorrir? Tshh