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segunda-feira, 30 de maio de 2016

E ela a dar-lhe com a Irina!

Quando vejo os anúncios gigantes da intimissimi ou os cartazes da calzedonia espalhados por todo o lado, dá-me uma de celeste barber pós seis anos de amamentação e faço o resto da viagem sem conseguir conter as gargalhadas. 

Mais vale levar a vida a rir.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Afinal também funciona com "The Boss".

Meninos, vamos jantar!
Nã.
On the streets of Philadelphiaaaaa na na na na na na na na na na na naaaaaaaaaaaa na a a

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Qual é o teu sonho?

Meninos em geral - Ser astronauta. Ser futebolista. Ser feliz. Ser rico. Ter um irmão. Ter uma irmã. Ter outra playstation. Comprar um balão de ar quente. Conhecer o meu ídolo. Pilotar um avião. Escalar um prédio. Viajar pelo mundo todo. Comer chiclas ao pequeno-almoço. Comer chocolate ao almoço. Comer gelado ao jantar. Só gelado. Mais nada. Não ter que lavar os dentes depois de tudo isso.


João - Ter uma autocaravana.


É um poeta o meu menino.
E esta história das mozartadas não é só corretiva! É (muito) preventiva: o João fica a olhar para mim com ar assustado a pensar em como evitar que seja ele a levar com o talento da mãe.
Paz. Muita paz nestes momentos.

domingo, 22 de maio de 2016

Educar para os clássicos

Tenho gosto que os meus filhos conheçam de tudo um pouco. Como tal, considero que devem saber ouvir música clássica. O meu contributo para os ajudar a consolidar esta prática tem sido frequente: durante as birras, transformo todos os sons que lhes saem da boca num clássico qualquer. Hoje de manhã, por exemplo, o Pedro insistiu em não lavar os dentes, mas, como levou com uma mozartada da mãe, que trauteava todos os seus ais irritantemente, lavou-os que foi um mimo. 
Educar para os clássicos, para a higiene e para o sossego em geral.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Irina despe-se de noiva no desfile

Esta cena já está muito batida. Há uns anos, uma grande amiga recebeu-nos, no dia do seu casamento, com duas coisas vestidas: o corpete e o fio dental. A coisa de frente ainda se tolerava, mas sempre que se virava para ir buscar o que quer que fosse, a malta inspecionava o teto, analisava o rodapé, revirava os olhos na direção da janela, tudo menos pousá-los no nalguedo da moça. Irina, nada de novo, tá?




Irina Shayk en el desfile de Pronovias de la Barcelona Bridal Fashion Week 2016




Hoje voltei ao dentista

Então, vamos lá a isto?
Vamos lá.
Patrícia, pode ir preparando o dique? A Patrícia gosta de um bom dique.




(Com o devido respeito, doutor, quem não gosta?)


(Não me canso disto. Até dá vontade de lá ir ouvir as brocas.)

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Ai querias borreguinho com alecrim e salmãozinho com coentros, era?

Se os meus filhos são citadinos? Não há ponta de ruralidade* nestes meninos. Como sei? O Pedro acaba de me f*der os vasinhos da varanda. Onde é que limpou as mãos? Aos lençóis que estavam lá a secar. 







*quem diz ruralidade diz sensibilidade, bom senso ou respeito pela mãe

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Pais com pressa

Não sou desses. Tem muito pouca pressa nisso de ver os filhos crescer. As coisas já são suficientemente rápidas para querer imprimir-lhes ainda mais velocidade. Acima de tudo, acho que o crescimento tem mais beleza quando dançamos ao ritmo de cada um deles, com tudo o que os aproxima e apesar de tudo os distingue. É por isso que eu acho o máximo que um dos meus filhos me peça para lhe descascar todos os chupas, gelados, rebuçados, chiclas, prendas e demais cenas que envolvam invólucros e os devore numa fração de segundo e o outro os afaste de mim e me aponte os cotovelos para não me aproximar e o deixar estar ali às voltas enquanto o conteúdo vai derretendo ou melando. É também por isso que eu acho o máximo que um puto adorável venha ter comigo à cozinha e peça a fita elétrica para medir a sala. E é por isso que eu acho o máximo que todos nesta casa já saibam tudo sobre a vida à sua escala, mas eu ainda possa, porque quero, porque me apetece, sempre que quero e que me apetece, dar-lhes a sopa na boca, assoar-lhes o nariz, afagá-los contra o peito, limpar-lhes os restos de cerelac dos cantos da boca com o dedo húmido da minha saliva, beijar-lhes as pisaduras (juro que a dor passa!), consertar-lhes as caneladas, as do futebol, as dos móveis, as da vida. 
Não tenho pressa nenhuma. Nenhuma.