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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013 trouxe-me algumas novidades e solidificou o que já era parte de mim. Ensinou-me que afinal sei e consigo fazer muito mais do que imaginava. Sou, somos muito para além das fronteiras que por ingenuidade ou por preguiça traçamos a nós próprios. Por isso, 2014, anda cá, senta-te aqui no meu colo que eu digo-te como é!




E, tal como ano após ano, por toda a vida, já sinto o vento na cara...

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Meu querido mês de novembro,
Passaste num ápice, trouxeste muitas coisas novas (e boas), continuas a ser um dos meses do meu coração. Pega lá, como sinal do meu obrigada pelo cheiro a lareiras e castanhas assadas que me bate na cara quando abro a janela:






sábado, 2 de novembro de 2013

E quando acordo de manhã e me apercebo que um dos piratas se pisgou a meio da noite para a cama do mano?

domingo, 13 de outubro de 2013

Há dois tipos de mulher. Encontrarem-se os dois no mesmo espaço é coisa para dar asneirada.
No shopping, aproveitei uma das correrias dos miúdos para apanhar um balão e pisguei-me para uma sapataria, só para espreitar as modas. Partilhavam o mesmo sofá uma miúda com a mãe a experimentar sapatos rasos (esta pertence ao primeiro tipo, o das cabras) e duas amigas que babavam para cima de uns sapatos com tacão de 15cm (estas pertencem ao segundo tipo, o das que não gostam de cabras). A conversa entre as duas distraiu-me da prateleira das botas:
- O que eu gostava mesmo era de ser uma mosca para ver o que o meu marido anda todo o dia a fazer!
- Credo! Nem pensar! Já me chega ter que olhar para ele quando estamos em casa!
 
Enquanto eu pensava ora aqui está uma boa teoria!, a miúda grita para a mãe naquele tom alto mas que não deixa de ser finoqueseilá:
- Mámi, (não, não era o inglês mummy, era mesmo assim mesmo - mámi), por que é que a mámi não compra uns sapatos como os destas senhoras que são tão altos e tão giros?
- Oh, minha querida, porque esses sapatos (e aponta para os pés da outra) são para quem não faz nada na vida! A mámi não pode usar aquilo!
 
Quando a dos sapatos para quem não faz nada na vida se levantou com as mãos na anca, eu saí. Parece que pertenço a um terceiro grupo que desconhecia: o das que não têm tempo para ver porrada, porque os filhos demoram muito pouco tempo a escolher a cor do balões à porta da chicco.
E depois do último post, caiu o primeiro dentinho ao João. O do lado já abana também. Nasceu mais um ao Pedro. Outro já está a espreitar. Não estou preparada para isto. Segue-se o quê? Começarem a trazer sirigaitas cá a casa?

domingo, 6 de outubro de 2013

Isto hoje é que vai aqui um saudosismo! Chegou finalmente o armário que me vai libertar destas caixas espalhadas por todo o lado desde que chegaram as camas novas dos miúdos. A garagem estava insuportável, mas foi-me servindo de desculpa para as bocas foleiras que ouvi todos os dias sempre que me pus em frente ao espelho sobre a minha pausa na prática de exercício físico desde que o Pedro nasceu, ou o João, ou um bocado antes.... Sempre que precisei de entrar no carro fazia uma ginástica do caraças e dizia a mim mesma que não valia a pena gastar dinheiro em ginásios. Pelo menos ainda tenho alguma flexibilidade! Enfim, mas onde ia eu? Ah! Fiz três montes: o "lixo", o "nunca se sabe se vai dar jeito outra vez" e o "uso todos os dias". Escusado será dizer que o primeiro está praticamente vazio, no último há já uma série de coisas importantes e aquele ali do meio está, digamos, lotado. Pressinto que vai haver problemas cá em casa porque alguém vai ter que me chamar à razão.
Está a custar-me mandar as coisas dos miúdos para a garagem quanto mais deitar fora seja o que for! É um misto de orgulho possante por já estarem tão crescidos e uma saudade melosa de os ver do tamanho do meu colo. Longe vão os tempos em que o meu dia andava à volta do PureLan, do Cicalfat ou do Cicamel.
Agora tenho aqui dois matulões que me enchem a casa e as medidas. O que vale é que o colo de mãe vai crescendo com eles.

sábado, 14 de setembro de 2013

Este verão fui a feliz compradora de uma série de produtos que me deixaram bastante satisfeita. Isto, claro, é sinónimo de me ter fartado de gastar dinheiro, mas, lá está, se corresponderam às expectativas e cumprem os objetivos, é porque não são caros, têm o preço certo. Acresce ainda que eu estou a por-me fina e consegui quase tudo em dupla promoção. Comprei, por exemplo, uma depiladora Philips espetacular, topo de gama (se aquilo fosse um carro, trazia estofos em couro, ar condicionado, sensores e câmera de estacionamento traseiro, ao passo que a minha antiga máquina seria assim daquelas com abertura manual de vidros) que acumulou desconto da marca e da loja onde foi comprada. É maravilhosa. Só estranhei que, nas instruções de utilização e em vários locais da caixa, em letras maiúsculas, constasse o aviso "não utilize este aparelho para qualquer outro uso que não aquele para que foi criado". Mas afinal, quantas Samanthas Jones haverá por esse mundo fora?

E por falar em expressões populares...

Tenho uma certa taradice por carteiras e malas, confesso. Vou escondendo umas atrás das outras no armário, na esperança de me esquecer delas e fingir que preciso de uma azul-não-sei-quê ou de uma verde-qualquer-coisa. Há já muito tempo que não perco a cabeça, mas hoje passei numa daquelas ruas sem trânsito e avistei, numa montra, promoções das que me fazem sentir menos culpada se calhar de encontrar alguma que me faça levá-la para casa desnecessariamente. Não tenho nenhuma da marca que vendiam, por isso entrei e perguntei o preço final. Era gira, mas continuava cara e, como levava o Pedro ao colo, pensei que aquele valor dava para comprar muita coisa para ele e para o irmão. Ainda assim, pedi à menina que a trouxesse até à porta para lhe ver a cor à luz do dia. Foi nesse momento que começou a chover. Pesou-me a consciência. Disse-lhe Bem, vamos tirar o cavalinho da chuva. Rimo-nos e fui à minha vida.  

Acho que se chama a isto ter golpe de vista

Ando derreada. Onde me sento, aterro. Contudo, o meu bebé lindo não gosta de me ver a dormir (principalmente de noite) e assim que me apanha de olhos cerrados não se ensaia e abre-me as pálpebras quais latas de atum, mandando-me umas naifadas com aquelas unhinhas fofinhas travessas nos olhos enquanto balbucia mamã numa língua qualquer que se assemelha ao esperanto. Ai, ando derreada.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A cozinha da sinestesia

Não gosto de transições. Todos os anos sou forçada a lidar com elas, algumas bastante bruscas, mas não consigo habituar-me. O verão é tão curto e sabe a tão pouco que nem chego a acostumar, mas custa-me ver a sombra do prédio da frente a invadir-me a cozinha cada vez mais cedo e a brisa a arrefecer aos poucos.
Nesta fase do ano em que ainda estamos com um pé nas férias e outro no trabalho, embora  a cabeça tenha ficado presa às primeiras, vejo-me tentada a forçar um ritmo de pausa a um dia-a-dia que já quase não as contempla. Hoje fomos à nossa horta e, aqui, nesta cozinha, é tal a miscelânea de cheiros que nem sei para onde me virar. Duas enormes taças transbordam de maracujás, as ameixas rainha cláudia (que eu insisto em continuar a chamar ameixas dona amélia ???!!!!!???) estão ali em sacos à espera - gostava de fazer uma compota este ano, mas não me parece que até logo à noite sobre uma sequer - e as peras, espalhadas pela banca, vão já parar ao forno num daqueles bolos de massa húmida a que não posso resistir. Vou voltar à minha infância e fazer um sumo de tomate à maneira (estes vão dar compota, não há como evitar), depois de arrumar os vegetais que estão aqui pousados como me deu jeito quando cheguei. 
Em cima da mesa, umas folhitas de hortelã já boiam no jarro com limonada e as minhas crias estão de ombros encostados a ouvir uma história. Eu estou embrulhada nos dois, a cheirar-lhes o cabelo e o cachaço e a pensar que as transições são mais fáceis assim: é só vestir um casaquinho e receber o outono.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Encontrei a melhor combinação do mundo!!!!!


                                                   



Farinha do mesmo saco

Agrada-me a perspetiva culinária da Nigella Lawson: tal como ela, gosto de pratos picantes, aprecio a cozinha latina, assim como todas as outras, e também uso roupa com malha que estica quando sei que vou enfardar.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

As formas já ali andavam há uns tempos à espera que me lembrasse delas. Ontem lembrei-me. Acabo de mandar abaixo um dos picolés de banana e bolacha maria mais deliciosos que já provei. Estou a ganhar jeito para a coisa.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Comprei umas coisinhas na Divani&Divani e fui atendida por um cavalheiro duma simpatia que já quase não se vê aos balcões deste país. Foram precisas duas visitas à loja e uns quantos telefonemas (sou uma picuinhas nojenta, bem sei) para ter tudo como queria. Mas, depois do telefonema de hoje, prometo e farei tudo para que fiquemos por aqui.

Não me lembrava da data de entrega das coisas, liguei a perguntar. Fixo - nada. Telemóvel - nada. Pego no Pedro ao colo. Fixo outra vez (o homem topou-me e já nem me atende as chamadas!) - nada. O Pedro está sem fralda. Volto a ligar e com o telemóvel entalado entre a orelha e o ombro, à espera que me atenda, vou entretendo o miúdo, que se agarra ao que tem mais ao pé para brincar. 
Ai o malandro, com a mão na pila!!
Desculpe?!?
Ãh... boa tarde. Era para saber a data de uma entrega...

 

terça-feira, 20 de agosto de 2013

O Pedro tem um gesto de carinho que adoro e que me faz arrepiar de ternura. Nunca ninguém me fez isto na vida e tinha logo que vir este menino todos os dias agarrar-me a cara, sacar-me um beijo à socapa e abraçar-me com toda a força que tem um bebé. Caraças.
Já está aqui um silêncio adocicado. Hoje, pousamos os jogos e os livros, levei os meus filhos ao colo até à janela e ali ficamos a ver a lua. O céu parece um daqueles livros para bebés com relevos aveludados. O sono até chegou mais depressa...

domingo, 18 de agosto de 2013

Uma gaja acorda um dia de manhã e apercebe-se que já tem um fiho com 5 anos. Um filho que lhe diz, com a mão estendida em cima da cabeça, já sou grande, olha para o meu tamanho, mamã
Preparamos-lhe uma festa quase à medida do seu caráter bem formado e bondoso, altruísta e bem humorado. Tudo homemade! Contamos com a ajuda já esperada de quem está sempre presente nestas coisas e demos ao miúdo um dia para lá dos limites da felicidade.
João, que bolo queres?
De chocolate, como o que fizeste para o avô.
E que mais queres? Pintarolas, como puseste no bolo do avô.
E qual é o tema que preferes? Piratas, como eu.
E assim, pela primeira vez, fiz um bolo para o aniversário do meu piratinha. Tal como ele gosta. Parece que a pasta americana aproveitou que eu andava distraída e saiu de moda. Verdade seja dita: os miúdos, e não só, descascavam os bolos e só comiam o miolo. Era um desperdício. E, segundo me pareceu, o que se usa é o chamado bolo desconstruído. Ooooora bem, se há coisa em que eu sou perita é em bolos que se descontroem mal saem do forno!!! Pensei logo - mesmo a calhar! Cá vai um bolo de chocolate, com pintarolas, à pirata e descontruído como se quer:



E, por se portar tão bem, ainda acrescentei uns cake pops apiratados de (claro!) chocolate.



O padrinho levou bandeiras e jogos e foi uma ajuda crucial para fazer da festa um sucesso entre a pequenada. Contratamos uma (super) simpática (super) profissional da animação infantil, que levou dois insufláveis - peça indispensável para o João em qualquer festa de anos -, balões para modelar e pinturas faciais e ainda muito jeito para lidar com crianças. Acertamos em cheio na escolha do espaço, com tanto de ar livre para correr, ao sol (protegidos pelos lenços e palas de pirata que passei a noite a fazer) ou à sombra de um enorme pinheiro, como de interiores para dançar, brincar,  trincar qualquer coisita a correr para voltar para a brincadeira. E a pinhata? Ui! Foi uma loucura!
Vi muitos sorrisos hoje, o maior era o do João. Foi uma mão cheia de alegria.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Estes dias longos, confortáveis e vagarosos, em que o sol nos entra pela cozinha até deitar a mão ao interruptor da luz e ver que nem a cheguei a ligar, em que nos empurramos com abraços de uma divisão para a outra da casa ou de casa para a praia, ou da praia para o parque, ou do parque para os avós, em movimentos lânguidos e veranis, deixam-me com um feitio esquisito. Ando bem disposta, não reclamo com quase nada, até vou sorrindo aqui e ali. É de estranhar! Os dias correm bem, as noites, segundo o João, são uma seca e demoram muito tempo, porque os dias são tão bons e preenchidos com diversão que tornam tudo o resto um aborrecimento gulliveriano. Tenho ouvido muitos pais queixarem-se das férias com dois ou mais filhos em casa, sem saberem o que fazer com eles. Pois por aqui ainda ninguém se chateou, andam todos com ar de quem não tem o que fazer e não quer que as férias acabem. Ele é deitar tarde e levantar ainda mais tarde. Uma anarquia! Ele é saltar refeições e compensar quando a fome aperta com pratadas de cerelac. Para a engorda! Ele é uma carrada de mimo e de fuga às regras que me está a agradar surpreendentemente. Estou a ficar uma mole. Não, não estou a falar (só) da barriga e outras zonas outrora rijas e arredondadas.




quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Quem não tem filhos desconhece, pelo menos, metade da realidade

Conversávamos com um casal de amigos:
A minha série preferida é a Sons of Anarchy.
Também gosto, mas continuo a preferir o Dexter.

O puto entra na sala:

Eu também gosto muito do Dexter.

Amigos que engoliram em seco e ficaram pasmados a olhar para estes pais inconscientes, apresento-vos:


Nesta casa, fazer mousse de chocolate logo pela manhã em jejum é um perigo.
A melhor pediatra do desenvolvimento que conheço é totalmente contra a utilização de aparelhómetros para fazer com que os meninos comam sossegados. Depreendo que ficará contente por saber que o Pedro só come a sopa se o DVd portátil estiver em pause.

Estes posts merecem etiqueta

Mamã, no fim do jantar posso comer um rebuçado?
Hummm... Podes, se comeres a sopa toda.

Mas eu não quero sopa!
Queres, queres.
Não quero nada!
Olha que vais ter que a comer mesmo assim!
Não vou nada! Se me obrigares a comer a sopa, temos castigo!
Ah ah ah! E podes dizer-me qual é o castigo?
Não como o rebuçado! Aquilo só faz mal aos dentes!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Quase não prego olho nas últimas trezentas e oitenta e duas noites. Mas o meu pequenito agarra-me a cara com as duas mãos e tapa-me estas olheiras com os beijos mais macios do mundo.

Afinal quem é o adulto aqui?

Sempre que saimos os dois, antes de chegarmos ao portão da garagem:

Mamã, fechaste a porta?
Sim, filho.
Tens o cinto posto?
Tenho, filho.
Trouxeste o meu boné?
Trouxe, amor.
Então, podes seguir.

domingo, 28 de julho de 2013

O João tem muito de mim. Temos, por exemplo, em comum o gosto por piadas parvas. Muitas vezes rebolamos os dois a rir e o resto da sala, cheia de gente, fica a olhar para nós com ar de piedade.

O que isto tudo à nossa volta, mamã?
É a natureza, filho.
A natureza? A natureza, ana isabel, ana miguel.




Gosto de me sentir acompanhada nestas coisas.





terça-feira, 16 de julho de 2013

Quem é amiga, quem é? #4

Se há coisa que me irrita é não ter jeito para alguma coisa. Não descanso enquanto não lhe dou a volta e parecendo que não isso é cena para me fazer perder algum tempo. E ganhar alguns quilos.



quinta-feira, 11 de julho de 2013


O meu mais recente grande amor fez anos pela primeira vez. E eu fiz um bolo de aniversário pela primeira vez. O João apagou pela primeira vez a vela do mano. Os avós abraçaram o neto mais novo que pela primeira vez é cada vez menos bebé e mais menino. São tantas primeiras vezes e ainda assim a alegria, de tão grande que é, não cabe nelas.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Há a mãe-galinha, há a mãe-coruja. Eu sou a mãe-toupeira.

Ando sempre a reclamar que não quero brinquedos espalhados pelo chão. Muito menos peças pequenas!

Hoje de manhã, já farta de os apanhar e meter no cesto, entrei na cozinha ainda antes de por as lentes mas já depois de tirar os óculos. 
Caramba! Estou farta de vos dizer que não quero brinquedos no chão! Muito menos destes pequenos! 
Enquanto me agachava, os miúdos olhavam para mim com ar de quem tem uma mãe muito estranha, entre a incredulidade e a vontade de rebentar a rir. Eu estava agarrada ao batente da porta.

Caraças!

Faz de conta que vamos a uma entrevista de trabalho mesmo antes de irmos à praia e levamos um vestidinho fresquinho. 
Faz de conta que antes de sairmos de casa achamos que aquele decote não é adequado ao primeiro momento mas é porreiríssimo para o que se segue.
Faz de conta que abrimos uma gaveta, sacamos de lá um alfinete qualquer e disfarçamos o decote minimamente.
Faz de conta que quem nos vai entrevistar é um senhor cheio de nove horas.
Faz de conta que a meio da entrevista o alfinete abre e o mamalhame salta todo para fora do vestido.
Faz de conta que hesitamos dois segundos (se ponho lá as mãos vai parecer que fiz de propósito, se não ponho isto fica para aqui tudo à solta. e agora? o que é menos mau?).
Faz de conta que resolvemos que afinal é melhor arranjar aquilo e ainda chamamos mais a atenção para o local.
É muito mau?
E agora faz de conta que nos levantamos e o sentimos o vestido preso entre as nádegas. Não é fácil sair de uma sala discretamente em marcha-atrás!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ainda tenho lágrimas nos olhos

Hoje assisti à cena mais ternurenta entre mãe e filho. Lembro-me de vários outras, mas esta está, pelo menos, no top 5 da coisa. 
O menino não devia ter mais de 6/7 anos. Loirinho, com ar angelical. Uma fofura.
A mãe, do alto dos seus sábios 40 e poucos, envergava um Tommy e cabelo acabado de arranjar. 
O menino, com voz suave, puxou a manga da mãe e disse-lhe docemente: Mamã, aquele menino acertou-me com a mochila nos tomates. Ao que a mamã respondeu, agachando-se com candura: Querido, a mamã não gosta que uses essa palavra. Já te tinha dito! Tomates é uma palavras muito feia! Diz antes testículos ou colhões, está bem, fofinho?

É ma-ra-vi-lho-so. Ainda tenho lágrimas nos olhos...

terça-feira, 2 de julho de 2013

Sou uma gaja muito popular

Comecei o dia do meu aniversário com mensagens da ótica onde vou buscar as lentes, da seguradora, da ourivesaria onde comprei a aliança e da evax. As minhas amigas são umas porreiras.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Sabes que precisas urgentemente de alterar a tua vida social quando

explicas aos miúdos que três são os passos que têm de seguir, são só três passos para conseguir, a vossa missão já começou, sigam os passos que vos dou
passo um: estar com atenção na aula
passo dois: estudar em casa
passo três: estar concentrado no teste

e uma menina põe o dedo no ar e pergunta: A professora tem visto o agente Oso, não tem?
à luz do post anterior, queria só dar a conhecer que estou muito necessitada de uma coisinha destas para conseguir ver bem o que escrevo aqui


Diz-me lá outra vez qual é a gaveta dos bodies #5

Entretanto, no planeta diz-me lá outra vez, a saga continua...

De vez em quando lá tenho que intercalar as mil e uma coisas que tenho para fazer com umas visitas à sala para espreitar os miúdos, que, mesmo com o pai ali ao pé, berram cada um para seu lado. 
Quando o silêncio se instala de repente nunca é bom sinal, mas tenho sempre a esperança que o pai finalmente tenha levantado o rabo e esteja a entretê-los. Hoje estava certa. Fui à sala só para confirmar e vejo os dois agarrados: o mais velho à playstation e o pequenito a uma fatura da zon. Que já ia a meio. Sopa não quer ele comer!

Quando voltará a tendência das franjas? Quero os  meus nervos na moda outra vez!

sábado, 18 de maio de 2013

cinturinha de vespa

Um dia destes, a senhora que cá vem fazer umas limpezas (e obrigar-me a arrumar a casa toda porque "isto aqui assim não me dá jeito nenhum para limpar" e "a roupa ali estendida atrapalha-me os movimentos") e que me deixa a casa num brinco, circulava com o à-vontade que lhe é caraterístico quando entra no quarto e me apanha, digamos, descascada. Eu dei meia volta, à espera que a senhora fizesse o mesmo. Quando me volto novamente, tenho dois olhos fixos nas minhas coxas, perto de mim, muito perto, perto demais.
A menina não tem ponta de celulite! Ai, mas que belas pernas! Nem se nota que acabou de ter um filho! E que já vai no segundo! Sim, senhora! Assim sim! Quem me dera ter essas pernas! (Lembrem-me de conviver mais com malta desta acima das 5 dioptrias).
Entretanto eu tentava tapar algumas partes, antes que se lembrasse de expandir a pesquisa!
Eu faço parte daqueles 10%  de mulheres com anca estreita. O facto de não ter aspeto de boa parideira torna-se enganador para muita gente. Recordo com carinho o dia em que fui comprar o vestido para o baile de finalistas do 12º ano. 
Experimente este S! Vai-lhe cair tão bem! 
Olhe que isso não me serve! 
Então não serve? Oh, que disparate! É tão magrinha! Experimente! À minha responsabilidade! Vai ver que me vai dar razão!

E tirar o vestido? Pois! Levei outro, que me servia, e aquele ficou lá, todo deformado.

Ultimamente voltou a acontecer. Ia comprar roupa para os garotos, mas cairam-me os olhos numa camisa.
Só tem o S?
Só.
É pena, gosto mesmo dela.
Mas esta serve-lhe!
Oh, senhora, não menospreze o poder de uma mulher que amamenta!
Garanto-lhe que lhe serve! Experimente!
Está bem, se insiste...

Saí da loja com dois sacos de roupa de criança, depois de três botões da camisa terem disparado em direção à testa rapariga. Dois acertaram.

Quem é amiga, quem é? #3

Nestes últimos dias não se tem podido confiar lá muito no meu juízo. São muitas as vezes em que chego a uma divisão e já não sei ao que ia, o que inclui enganar-me sistematicamente na turma, na sala e, para gáudio dos meus alunos, no pavilhão. Quando já estou quase a chegar ao C, lá vai um grupinho entre risadas buscar-me para o sítio certo - do outro lado da escola. Pareço um cãozinho perdido, mas sem faro. E sem norte. Mas com muito, muito sono. E menos pelos do que o tal cãozinho. E entretanto sinto que me estou novamente a perder. 
Este cansaço deve-se, sem sombra de dúvida às últimas noites, perdão, às noites dos últimos meses, mas também ao facto de eu não ser capaz de parar de pensar. 
Ora, estava eu a preparar estes cupqueques que vemos lá em cima, quando se me assoma a ideia de fazê-los todos diferentes. Daqui foi um instantinho para pensar no quão diferentes os meus filhos são. Depois de ler isto, que confirmo agora que sou mãe de dois, comecei a pensar no que faço diferente agora com o Pedro em relação ao que fiz com o João quando era bebé. As solicitações são a dobrar, vou atendendo ao que me parece mais urgente, sendo que a dor está sempre primeiro, logo a seguir vem a fome e depois o sono. O resto, vai-se fazendo. Claro que não consigo dar ao Pedro a atenção que dava ao João (o que até é benéfico para o miúdo, que eu sou uma pessoa sufocante, admito), o que não raras vezes me causa problemas de consciência (quem quero eu enganar? tenho problemas de consciência a todas as horas do dia, mesmo sabendo que estou a fazer tudo o que posso e indubitavelmente o meu melhor). Estou, também, a tentar corrigir alguns erros que cometi da primeira vez. Por exemplo: dei muito colo ao João. Agora estou a tentar dar ainda mais ao irmão. Sim, colo para adormecer. Ai que isso é um vício tão mau. Olha que pena! Não fumo, não bebo, não jogo. Sinto-me no direito a um viciozito, está bem? Sim, que o vício é muito mais meu do que do miúdo! Troco o uso do voador ou andarilho, chamem-lhe o que quiserem, que, na minha opinião, é bem pior, pelo colo que nos sabe tão bem aos dois. E por muitos beijinhos e abracinhos e festinhas e cucutatas e tivesse eu mais tempo para outras coisas.
Tudo quanto fiz com o João que me parece mimo, viciado ou não, estou a replicar, preferencialmente em maiores quantidades. E bico calado! Eu é que sei! A mãe sou eu! E são as minhas costas que doem! E os muffins estavam uma delícia!




Depois de escrever este post, fui às compras. Foi interessante entrar no Continente com um crocodilo de borracha debaixo do braço em vez da carteira. O sacana do crocodilo tem pelo menos 60 cm! Fora a cauda!  

domingo, 12 de maio de 2013

Diz-me lá outra vez qual é a gaveta dos bodies #4

Amanhã podíamos ir dar uma volta. Está tão bom tempo.
Acho que sim. Os miúdos têm que sair de casa (e eu também...)
Temos é que sair cedo. Custa-me, já que tens andado a dormir mal.
Não faz mal. É pelos meninos.

6h50m 
Desisto de tentar dormir e levanto-me. Sempre com o Pedrito ao colo, dou-lhe o pequeno-almoço. Preparo-lhe sopa, fruta, mudas de roupa para levar. Arranjo também o saco do João e o lanche. Deixo a roupa dos dois em cima das camas. Volto à cozinha porque me esqueci dos iogurtes. 

10h30m
Continuo a ouvir o ressonar. Começo a fazer barulho a ver se acordam. Finalmente passo-lhe o bebé e vou comer. Visto o João, visto o bebé. Só falta guardar a sopa na termos e arranjar-me.

10h45m
Passo por ele a toda a velocidade a caminho do quarto. Está especado ao lado dos sacos que estão todos prontos à porta de casa. 
Veste-te depressa. Se não nos despacharmos nem vale a pena sairmos de casa.

Cada vez mais gosto desta primeira pessoa do plural.
Se não nos tivessemos levantado de madrugada e se não tivessemos preparado tudo, não tínhamos saído de casa antes da 11 da manhã.



sexta-feira, 10 de maio de 2013

De onde esta veio, há mais!

Many hands make light work. 

ou, traduzido pelos meus disneyófilos do final da tarde,

O Manny Mãozinhas faz trabalhos com luzes.

domingo, 5 de maio de 2013

A propósito da sopa

Sempre foi difícil dar sopa ao João. Hoje já a come bem. Contrariado, é certo, mas sabe que é uma obrigação, como outras. Já só diz uma vez por refeição que não quer sopa. É-lhe permitido dar opiniões sobre a sopa e ir manifestando que não gosta. Mas come-a toda. Claro que há dias em que precisa de algum alento e lá vêm os croutonzitos animar a festa. E a minha colher velhinha da Cerelac!



Longe iam os carnavais de um a cantar, outro a dançar, um terceiro a fazer cucutata e mais um a mostrar  brinquedos enquanto outro tentava a todo o custo vislumbrar a boquinha aberta para enfiar a tempo uma colher de sopa lá dentro. Normalmente essa colher voltava a sair inteirinha, muitas vezes para o meu cabelo, roupa acaba de vestir e arredores. Longe iam esses carnavais. Iam!! Porque o Pedro está a repetir a gracinha do mano mais velho e quatro anos depois a minha resistência não é a mesma. Pior ainda! Os carnavais não funcionam, porque este menino consegue dar umas boas gargalhadas às brincadeiras e aflição de quem o rodeia, mas de boca bem fechada! São horas, ho-ras para lhe dar a sopa. Já troquei de legumes, já troquei de peixe, de troquei de carne, já troquei de colher, já troquei de prato, já troquei de cadeira, já troquei de casa (já tentei na rua), já troquei de brinquedos, já troquei de música, já troquei de pessoa. Não abre a boca. Só aconteceu quando começou a comer a comer sopa duas vezes ao dia. Até lá a hora da refeição era pacífica. Estou cá a pensar experimentar também com os croutons. Ou a famosa sopa verde, já que é tão querida cá em casa!! (anda uma mãe a esfalfar-se para passar tempo precioso com o filho e depois quem leva os louros é a sopa alheia! Tssss!)





sexta-feira, 3 de maio de 2013

Preciso de desabafar

Hoje foi a festa do Dia da Mãe na escola do João. A educadora confidenciou-me que fez um breve questionário para compor depois as mensagens. O João não gosta de questionários. O João não presta atenção a questionários. Li alguns postais que as mamãs embevecidas me mostraram. A mamã passeia comigo. A mamã conta-me histórias para adormecer. A mamã dá-me colinho. A mamã conduz muito bem. A mamã é linda. A mamã ama-me muito e eu também a amo muito. O postal do João dizia o que a mamã faz que eu mais gosto é sopa verde.

O João não gosta de sopa. 
O João não gosta de sopa verde.

Eu não faço sopa verde para o João. 

Eu faço muitas coisas com o João e para o João.

Quem faz sopa verde para o João é a minha sogra.

Hoje estou amuada.



domingo, 28 de abril de 2013

feriado e fim de semana

Na quinta foi um ai ai ai que está tão bom tempo, levanta-te a correr, sai depressa e não voltes tão cedo, de modos que só tive tempo de mandar uma mistela qualquer para dentro do micro e saiu de lá este pudim ma-ra-vi-lho-so: desapareceu da mesa em dois minutos.




Hoje houve cenourinha coberta de chocolate. Neste preciso momento o Pedro exercita os incisivos na mão que não está a escrever e o João, que perdeu o último jogo comigo e ainda tem algumas questões por resolver com os erres, grita da sala quedo a desfoda! Quedo a desfoda! Acho que vou fazer por perder o próximo jogo, pelo sim pelo não.  




domingo, 21 de abril de 2013

Tinha planeado ir visitar o Mercadito da Carlota. Como não consegui e para compensar estou a encharcar-me nisto:




Chocolate e limão: we have a winner!
Voltei a ter aquele sonho. Sempre que o tenho, acordo e penso que é talvez a segunda vez que acontece, mas com a sensação de ser a quadragésima. Já o sei de cor. Cada pormenor. E depois não consigo voltar a adormecer. É terrível, mas bonito. É tão terrível que é bonito. Ou tão bonito que é terrível. O sono dá-me cabo das ideias.
Vamos todos fingir que quando me ausento daqui durante uns tempos é porque estou a dourar numa qualquer praia das Maldivas. 

Uma pessoa chega de férias e o que é que vem encontrar? 

... foi publicada a lista não sei quê de uns porcos que vão não sei quê não sei que mais em Viseu...

... foi publicada a lista de vagas não sei quê mas parece que a outra metade de lista que dá emprego às pessoas não sei quê não sei quê...

... Portugal tem a não sei quê pior economia do mundo... 

... desgraças atrás de desgraças que se não é a natureza é o Homem se não é o Homem é a natureza e não sei quê...

Para compor o ramalhete, o Porto pode vir a não ganhar nada este ano. E pior! Ainda não consegui ver a final do Masterchef Autralia entre a Lucy Liu e a minha professora de Ciências do 9º ano. 


Ora porra! Estava melhor nas Maldivas!

  


Diz-me lá outra vez por que é que a minha pulseira ainda não está completa!!!!

Isto não está a surtir o efeito desejado. Vamos lá tentar outra vez. Eu sou persistente.

Preciso de acabar umas coisas que tenho que entregar amanhã. 

Certo! É melhor adiantar isto senão nem à meia-noite jantamos! 
Atravesso o corredor com o Pedro ao colo a puxar-me o cabelo, o João a arrastar-se pelo chão agarrado à minha perna, debaixo do outro braço levo o cesto de roupa para passar, ouve-se a máquina a lavar mais roupa e o exaustor por cima de tachos onde fervilha o jantar. Passo pela despensa e esqueço-me do que ia buscar.

Sua excelência está no computador. Não sei que trabalho é aquele que faz o som de um jogo irritante. 

Mesa posta, comida à espera, miúdos sentados, dou os últimos retoques ao estendal enquanto preparo a mochila do mais velho. Vou novamente à despensa e volto a não me lembrar do que ia buscar.
O som do jogo trabalho é substituído pelo dos passos que se aproximam.

Senta-se. Levanta-se.

Bem, vou buscar guardanapos, que se não sou eu ninguém faz nada nesta casa!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Diz-me lá outra vez qual é a gaveta dos bodies #3

Alguém conhece suportes para papéis que possamos afixar?
É que agora os recibos do colégio do João guardam-se no tejadilho do carro.

domingo, 14 de abril de 2013

Diz-me lá outra vez qual é a gaveta dos bodies #2

Lavei a tua toalha. Quando fores tomar banho tens que ir buscar outra à gaveta. Não te esqueças que mudei tudo de sítio, como já te tinha dito. As toalhas foram para a cómoda, porque as coisas dos miúdos estão agora guardadas no armário.Vou dar de mamar. Por favor não apareças senão o garoto não mama nada em condições.

Certo.

(...)

Já mamou? 

Já. Podes entrar à vontade.
 
Pá, assim sim! Finalmente uma toalha em condições, macia, que seca bem, uma toalha como eu gosto!

Não percebo a tua admiração! Já a usas há que tempo e nunca tinhas falado assim dela!

Pois, não sei, gostei mesmo desta toalha. E não tenho ideia de a ter usado antes. Olha, é esta.

Oh que caralho! Eu não acredito! Onde foste buscá-la?

Ao mesmo sítio de sempre: à última gaveta do armário no quarto dos miúdos. 









sábado, 13 de abril de 2013

Diz-me lá outra vez qual é a gaveta dos bodies #1

Sim, sim, sou uma bandida! E mais! Vou guardar as situações mesmo muito embaraçosas nos rascunhos. À medida que uns e outros artigos forem dando entrada aqui no lardocelar, vou apagando. Até lá, aqui vai disto:

Primeiro dia de trabalho depois da licença. Nervos em franja por saber que não ia ver ver o bebé durante oito longas horas. Nervos em franja por saber que ia recomeçar algo que poderia terminar dali a um mês. Nervos em franja por saber que dali a pouco as mamas iam começar a dar sinal. Nervos em franja por ainda não estar vestida e já estar atrasada.

Ouve-me com atenção para não teres que me ligar daqui a dois minutos! Deixei tudo pronto: as fraldas estão em cima da cama, as toalhitas também. Se acabarem, há mais no armário. Estás a ouvir?

No armário, sim.

As chupetas esterilizadas estão na caixa. Tens babetes e fraldas de pano ao pé do muda-fraldas. Estás a ouvir mesmo?

Ao pé do muda-fraldas, sim. Claro que estou a ouvir!

Se por acaso o miúdo bolçar ou o cocó voltar a sair da fralda, há bodies lavados no armário. Tu estás a prestar atenção?

No armário, estou, claro! Já te disse que sim!

Sabes em que armário estão os bodies?

Não.

No da direita, gaveta do meio. Não deixes ficar o miúdo com roupa molhada encostada ao corpo! Lembra-te: armário da direita, gaveta do meio!

Ok, chata! Podes ir sossegada! Bom regresso ao trabalho!

Obrigada. Não me vais ligar daqui a dois minutos?

Não. Vai descansada!





Estou...

Então? Já chegaste à escola?

Já...

Está bem....

Como está o menino?

Está fixe, mas mijou a roupa toda quando lhe estava a trocar a fralda.

Hehehehe. Safadote! Olha, muda-o já, para não secar isso assim.

Mudo. 

Pronto, até logo então.

Espera, espera! Hummm... 

O que foi?

Diz-me lá outra vez qual é a gaveta dos bodies...



sábado, 6 de abril de 2013

Já não sonhava há muito tempo, mas hoje aconteceu. Sonhei que estava a pintar as unhas. Acordei, levantei-me e andei uns bons quinze minutos sem tocar em nada para não estragar o verniz. 

É este o grau de cansaço em que me encontro.


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Hoje tive um encontro

Jantámos cedo. Saímos juntos, de mão dada. Fomos assim o caminho todo. Fomos aos saltinhos. Evitámos os riscos no passeio, desviando-nos com risadas. Quando lá chegámos, entregámos os bilhetes, entrámos e sentámo-nos. Esperámos um bocadinho. Gostámos muito do espetáculo. Regressámos a casa, desta vez a correr, para fintar o frio da noite. Bebemos leite quente e adormecemos agarradinhos. 
Hoje tive um encontro. O meu filho de quatro anos levou-me ao teatro.  

sexta-feira, 29 de março de 2013

Olha, parece que afinal o meu problemazito com as coisas da cozinha tinha a ver exclusivamente com falta de motivação. Aparece um dia inspirador, daqueles que vale mesmo a pena comemorar, e faço isto:

bolo de chocolate com cobertura de natas 



"sandwiches" de côco

  (ganache espetacular!)



                                        

 mini mini versão do mini bolo de bolacha da Mafalda Matias


 Hoje tenho comida até cá cima! Viva este dia!

quinta-feira, 28 de março de 2013

terça-feira, 26 de março de 2013

A/C A Vida em Azul Cueca

Lancheira e garrafa para miúdos com estilo ;)
A Íris foi a cosinha mais jeitosa que entrou nesta casa (a seguir a mim, claro) e desde então é vê-la a recapitular uma cantiga dos Pequenos Einsteins, a rever vezes sem conta o Pateta a fazer magia com as calças enquanto se lhe vê as cuecas enfeitadas com cenouras, a insistir numa qualquer missão do Oso, a repescar a Doutora Brinquedos de ontem, a ir jantar descansado porque se pode voltar ao Jake e à sua Terra do Nunca no fim da refeição. 
Na verdade, aqui, alguns canais estão banidos por falta de qualidade e quando se liga a televisão é mais disneyzadas e pandices, para fazer a vontade a quem manda efetivamente mas também porque já não apetece ouvir falar dos muitos sobes e poucos desces do combustível, da trapalhadas e filhasdaputices políticas, da tristeza que invade as casas de tanta e tanta gente e da aflição que muitos levam para as ruas. 
No entanto, de vez em quando, lá vai a televisão parar a um qualquer canal. E é nestas alturas que me arrependo de não os ver mais vezes. Oh, senhores!! Já que formularam o produto cientificamente, podiam ter recorrido a uma pessoa com competência para vos fazer o anúncio! Deve haver alguém nos vossos círculos de amigos que saiba escrever bem português. Ele delinearia-o, mostraria-o e quem o visse aprovaria-o e recomendaria-o aos seus parceiros de mercado. Eu cá procuraria-o e contrataria-o. A sério. Eu faria-o.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Páscoa pirateada

João, vamos fazer um ovo da Páscoa?
Sim, sim, mamã! 
O que lhe vamos pintar? Um coelhinho fofinho? Um pintainho amoroso?
Não! Tive uma ideia muito mais fixe!

sábado, 23 de março de 2013

Do outro lado dizem que quem nasceu para ser lagartixa nunca chega a ser jacaré.  Está certo.Eu ando com a mania que consigo fazer alguma coisa de jeito na cozinha que não seja lavar a louça sem partir um copo. Mas já é altura de me deixar de ilusões. Hoje levantei-me com vontade de fazer uma tarte. A primeira base estava com um ar esquisito, deita-a fora. Deixei queimar a segunda. Não tive tempo para iniciar uma terceira. Mas por que raio é que eu insito nisto? Ainda há alguns sites que me vão ajudando a fazer umas coisinhas. E depois há outros fazem questão de me mostrar como fica o meu feitio quando estas coisas me acontecem: mais ou menos como se lê ali em select category, entre fondant magic e ideas.
(Clicar para aumentar)

quinta-feira, 21 de março de 2013

Pesto deviled eggs

Só não como pêra abacate todos os dias para não correr o risco de me fartar. Se há fruto de que não quero enjoar é este.
Através da Joanna Goddard, cheguei a este site que me enche as medidas e vou enfeitar a minha Páscoa com isto:  


Before hosting a party, I often feel at a loss for what to make and need ideas!! So I have started to make up some go-to “sample menus” that I can refer to when I just can’t think of what to serve. Here is my first one, a menu one could follow when hosting a late afternoon cocktail party. I always serve beer, wine and sparkling juice, but it’s fun to have one special cocktail, like this Bloody Mimosa (plus blood oranges are in season right now!). Then in addition to cheese, crackers, fruit and nuts, it’s fun to have a couple easy appetizers that can be made ahead and are good at room temperature, such as these Radishes with Butter, Pesto Deviled Eggs and Sage Chips. Easy peasy, problem solved….Cheers!
By Erin Gleeson for The Forest Feast

quarta-feira, 20 de março de 2013

No comment

Um dia destes cheguei a casa muito mais tarde do que o habitual.

Mamã, tu hoje deixaste-me aqui sozinho durante muito tempo!
Mas estava cá a vovó, o vovô, o papá e o mano!
Pois estavam, mamã, mas quando tu não estás eu estou sozinho!

Especificidades

Mamã, vamos dizer nomes de animais da selva!
Vamos, filhote! Começo eu! Ora, selva... selva... (vêm-me logo à cabeça as palavras sala, quarto dos miúdos, escritório...)... girafa! 
Elefante!
Macaco!
Boa! Agora animais da quinta! Pato!
Ovelha!
Galinha!
Porco!
Porco?!? O porco não é um animal da quinta, mamã!
É, é!
Não, não é! É um animal da lama!
?!? E a vaca? É um animal de quê?
Da relva, claro!

(Mamã, dããããã!!)

domingo, 17 de março de 2013

Que desenho tão lindo, meu amor! O que é isto?
És tu mamã!
Que lindo! E isto?
É uma casa!
Muito bem! E isto aqui?
Isto são as nuvens!
Espetáculo! E isto aqui em baixo? É relva?
Não, mamã, são pulgas!

WTF?!?




Lembrete

A brincadeira do cucu-tatá é muito gira e dá jeito para mudar a fralda, mas antes de esconder a cara nas calças do bebé convinha reparar que estão todas borradas.

Quem é amiga,quem é? #2



Quem é amiga, quem é? #1


sábado, 16 de março de 2013

Mete nojo, não mete?




Com o segundo filho, estou finalmente em condições para confirmar a minha teoria sobre o co-sleeping, desta vez de forma ainda mais fundamentada: as camas de grades da Trama são excelentes para guardar brinquedos, empilhar roupa, estender a toalha de banho e esconder as fraldas e o dispensador de toalhitas.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Tenho uma coisa a dizer a todas as que se indignaram com as miúdas do Bieber: step by step, ooh baby, gonna get to you girl, step by step, ooh baby, really want you in my world.

Estamos entendidas? Ainda bem.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Depois do coinman, do cientista da língua e do polido, eis que este ano chega finalmente o discente #4, o entendido pascal:

My family members are: my mother, my father, my brother and my sister-in-ló. (????!!!!!)



terça-feira, 5 de março de 2013

Vida de fada

Há aqui quem ache que de noite vem cá a casa uma fada que lhe dá de mamar, lhe muda a fralda e lhe dá colo ainda que tenha a sensação de estar sob o efeito de 20 actifeds. Há aqui quem ache que de noite vem cá a casa uma fada que lhe corta as unhas dos pés para não lhe fazer impressão quando está acordado mesmo que isso implique estar à espera que chegue aquela hora de sono mais profundo com a tesoura a postos e a cambalear com a cabeça. Há aqui quem ache que de noite vem cá a casa uma fada que lhe lava as cuecas e as meias, as pendura no estendal, as dobra e coloca, impecáveis, na gaveta. 
Vai-se a ver e eu afinal tenho mas é uma vida de fada!
Fada-se!

domingo, 3 de março de 2013

A fruta engorda-me

Bem sei que tenho andado a abusar. E a fruta engorda-me. A banana engorda-me. A maçã engorda-me. A manga engorda-me. As tangerinas engordam-me. É uma chatice. Às tantas comer banana dentro de dois pães não ajuda. E maçã ralada com bolacha maria. Já a manga vai com iogurte grego e pedacinhos de bolacha torrada. As tangerinas vão tão bem com palitos La Reine. É uma chatice isto de engordar com a fruta.

sábado, 2 de março de 2013

Sabe bem começar Março assim.
Da janela do escritório olhei para o jardim lá atrás e vi-o repleto de amores-perfeitos. No meu colo, tinha também um de cada lado. :)

O descrédito, a ignomínia, a infâmia

Mamã, por que é que os piratas têm um papagaio?
(Oh caraças!) Porque estão nos barcos e não conseguem ver o que há ao longe.
Mas para isso têm o mastro e o pirata que está lá cima consegue ver o que há ao longe!
(Oh caraças!)Pois, mas não consegue voar e ver onde estão os tubarões. É o papagaio que vai a voar até ao horizonte e depois volta para o barco e diz aos piratas onde estão os tubarões.
??? (...)



Papá, por que é que os piratas têm um papagaio?
(Oh caraças!) Pergunta à mãe.
Shhhh! À mãe não, porque ela acha que os papagaios falam!

Não me quero tornar repetitiva, mas...

Eu gabo o miúdo e gabo outra vez, mas não ele não pára de me surpreender.
Mandei vir pizza, mas esqueci-me de ir verificar se tinha dinheiro na carteira. Quando o rapaz veio entregá-la vi que não tinha o suficiente e gritei para dentro de casa que me faltava  um euro. Poucos segundos depois aparece o João à porta, de carteira aberta na mão, de robe e chinelos, cabelo ainda molhado do banho (o que lhe acentuava ainda mais o ar à Hugh Hefner):
- De quanto precisas, mamã?
- Um euro, Joãozinho - respondi-lhe eu enquanto tentava suster o riso (e o chichi).
- Faça favor, homem da pizza, e pegue lá mais esta. As outras ficam para a próxima vez.  


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

E eu que era para não voltar a falar de modas...

É só a mim que as madeixas californianas fazem lembrar aquelas miúdas que no secundário mandavam farandol às cabazadas para cima do cabelo e depois não voltavam a tocar nele até a cor desaparecer de vez com as espontadelas? 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Só mais uma achega a propósito do Óscar e não se fala mais nisso

Jennifer Lawrence em Christian Dior Alta-Costura
A Jennifer ia tralhando porquê? Porque é como eu e não percebe nada de cortinados e reposteiros. Os meus também estão assim, amarrotados, e já me aconteceu o mesmo cá em casa também por causa de ter o fio de os levantar ou baixar pendurado nas costas.

anne hathaway em prada
Estou em crer que a Anne Hathaway também estava em protesto contra o Berlusconi. Não vejo outro motivo para não ter levado soutien.

  
A propósito de óscares, acho que este senhor devia inspirar-se no Wilde e fazer como fez o Dorian Gray.
É uma pena, a sério que é, mas desgosto como o que me deu o Richard Dean Anderson mais nenhum me dá.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Eu percebo muito de moda, até porque nos anos 90 usei aquelas sapatilhas da Levi's em lona com tacão. E eram azuis escuras. Acho que isto me dá autoridade!



O que aconteceu à Jessica Rabbit? Reduziu o mamalhame?


Blerc! Vou só ali ver se me sobrou algum nausefe da gravidez...


Tenho a impressão de já ter visto este na secção de texteis do Ikea.


Tanta coisa podia ser dita sobre a cor deste vestido e o forro, senhores!, o forro, mas os olhos batem-me nas pantufas do rapaz. Duas loafers naquela cara, pá!

Foto: Óscares 2013| Kristin Chenoweth em Tony Ward.
Sozinha, Cristina? O Goucha não foi?


O problema destes vestidos muito justos é que o estômago apertado sobe um bocadinho...



Alto! Acabo de ver o Gael Garcia Bernal. Retiro tudo o que escrevi sobre estas meninas!