mais memórias para:
verdepinheiroemsepia@gmail.com

domingo, 26 de novembro de 2017

Todos conhecemos pessoas que adormecem a meio de filmes.  
Também as há (e cada vez mais) capazes de adormecer quando ainda nem apareceu o nome do artistinha principal. 
Sugiro agora a criação do grupo de malta que adormece enquanto escolhe o filme que vai ver. 
 
Não que saiba alguma coisa sobre isso. Cof cof...




sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Note to self

Há obras na fachada do prédio. Não ir buscar roupa ao estendal depois de tirar o pijama.  Não ir buscar roupa ao estendal depois de tirar o pijama.  Não ir buscar roupa ao estendal depois de tirar o pijama.  Não ir buscar roupa ao estendal depois de tirar o pijama. 

O estendal está na lavandaria. 
O andaime também.
Constrangedor.


sábado, 11 de novembro de 2017

As minhas amigas dizem que tenho opiniões fortes sobre isto. Deve ser dos exercícios de Kegel.

Até me custa escrever sobre isto. Quem, daqui a milhares de anos, andar a escarafunchar nas nossas coisas, se descobrir estes rascunhos ranhosos, há de datá-los erradamente.

Ao longo desta semana, por motivos vários, a conversa acabou por ir dar, de uma maneira ou de outra, às obrigações de cada elemento de um casal. Comentávamos que hoje em dia já ninguém almoça em casa, que a única refeição em família é o jantar e que os nossos homens, chegados a casa mais cedo do que o habitual, comiam qualquer coisita, caso não houvesse restos do dia anterior. A mim também já aconteceu comer uma malga de cereais refastelada no sofá por não me apetecer cozinhar, descongelar, aquecer ou encomendar o almoço. Não me fez mal. Não me fez bem. Mas que bem que me soube! Agora, todos os dias? 

Eu gosto de apaparicar, gosto de dar colo. Acho sempre que o melhor que posso dar de mim é mimo. Mas também acho que porra caraças. Eu não cozinho com a vagina. Uso as mãos: dá-me mais jeito. Ora, o que me distingue do meu homem é o facto de eu ter vagina e ele não. Assim sendo, ele pode usar as mãos dele para preparar qualquer coisa para o almoço dele. Do mesmo modo, cá em casa cada um trata das suas coisas. É sabido que sou uma mãe-galinha. Adoro os meus filhos, por isso são eles que fazem a sua cama. Quero o melhor para os meus filhos, por isso são eles põem a sua roupa para lavar no cesto. Ser mãe é o que mais me satisfaz e é a maior responsabilidade que tenho, por isso são os miúdos que arrumam as suas coisas. 

Ainda assim, sinto que a maior parte das coisas está nas minhas costas, mas pelo menos sei que estão a preparar-se para se sentirem capazes rapazes. Não sou eu que os preparo, são eles próprios.

Claro que, pensando bem, o ideal era que fossem os homens cá de casa a cumprir as minhas tarefas também, enquanto mando abaixo, esparramada no sofá, mais uma tigela de cereais ;)