mais memórias para:
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segunda-feira, 29 de junho de 2015

E depois do João e do Astérix em francês, agora o Pedro anda a papar episódios da Masha e o Urso em russo. Para o que lhes havia de dar.



Saem mesmo à mãe estes meninos... Eu também via o Rex, o cão polícia em alemão e adorava aquilo. Ainda hoje não sei uma única palavra nessa língua.

domingo, 28 de junho de 2015

Por falar em felicidade...

A senhora da mercearia bem me disse para trazer aquela alface, que era muito, muito boa. Não estava era a contar ir encontrar isto. 



Não quero sem-vergonhices na minha fruteira!!

sábado, 27 de junho de 2015

Era português do Brasil, era. Por cá ninguém se preocupa com felicidade, porque há crise e está tudo teso.*

Relativamente àquele acento circunflexo, finjam que são altos defensores do acordo ortográfico ou uma tia da Foz. Tanto faz. Ou substituam-no por um til ou um trema. É igual. E depois voltem ao que interessa e verifiquem que o acento é o que há de menos universal naquele post.
















* Já estou como os gregos: que pena temos adotado o euro. Com o escudo, a piada** dos paus cabia aqui tão bem!



** Tenho mesmo que deixar de escrever como se tivesse 15 anos***.



*** Com a porcaria dos asteriscos já ninguém se lembra do texto ali em cima****.



**** Esqueçam isto tudo e voltem mas é a ler o post anterior. Sim, o do acento circunflexo!... 

sexta-feira, 26 de junho de 2015


 Abri um link qualquer através do facebook e, na barra lateral, latejava este anúncio:

 

Fiz print screen, porque me estava a custar escrever isto com as minhas próprias teclas. 

Antes de mais, devo confessar que não li o artigo. Não o leria de qualquer forma, mas achei que seria mais interessante efabular acerca deste assunto sem conhecer o conteúdo. Ora bem, analisemos então: esta parece ser uma tarefa hercúlea. Como conseguir a tão almejada felicidade? Por muito que puxe pela cabeça, não consigo lembrar-me de algo especial. Haverá vouchers da fnac para este efeito? Uma jogatana com os amigos deve estar fora de questão... 
O certo é que eu sempre ouvi dizer que os homens não gostam que os massacremos. Será que se aplica aqui também? E bricolage? 

Bom, uma coisa é certa: sugerir que vão jantar fora é que não!




quinta-feira, 25 de junho de 2015

Chego aos quase 37 anos a entender finalmente que não soube escolher a minha profissão. Pelo menos não soube escolhê-la pelos melhores motivos.
Quando tinha cinco anos decidi que queria ensinar. Fui seguindo o meu percurso sem pensar muito nisso: a decisão estava tomada e, mesmo que não muito conscientemente, nunca a pus em causa. Ingenuamente, assumi-a como certa.
Tudo me pareceu muito natural ao longo do caminho, como se eu encaixasse perfeitamente no currículo, ou vice-versa, e tudo quanto aprendi me pareceu exato e satisfatório.
Hoje percebo que nada é exato. Muito menos satisfatório. Preparei-me para ensinar, para encaminhar, para orientar, para ajudar. Aqui entra a exatidão, ou falta dela: não ajudo. No fundo, também não oriento. Pensando bem, não encaminho nem ensino. Como naquele ano em que dei a conhecer a gramática e, com isso, ganhei amizades para toda a vida. Ou naquele em que não aceitei que faltassem às aulas para ficarem a dormir e recebi em troca uma rosa no para-brisas a cada amanhecer. Ainda naquele em que não permiti que os estudos ficassem por ali e, sabem que mais, recebo daí ainda hoje as mensagens mais doces. 
Já passaram tantos anos e ainda sinto as mãos carinhosas na minha barrigona grávida ao toque de entrada e ao de saída. Ainda ouço os silêncios cúmplices à minha saída ano após ano. Ainda sinto na língua o sal das lágrimas de despedida. Ainda vejo aquele menino de joelhos, no portão da escola, a pedir-me para não ir enquanto me via sair despedaçado. Sinto os abraços todos. Não me esqueço de nenhum. 
Afinal, são os miúdos (sim, vocês, os que já vão de carro para a escola também são miúdos! E sim, os que já não conseguem renovar a carta também!) que me ensinam, que me encaminham, que me orientam e que me ajudam. Ensinam-me a sorrir com as suas conquistas, encaminham-me no orgulho que sinto por vê-los crescer e conquistar o mundo, (é um orgulho que nunca pensei sentir por quem não gerei. Pelos menos não biologicamente), orientam-me quando acho que não é nisto que devia trabalhar e ajudam-me a voltar a ter cinco anos e querer ser professora.

Obrigada, miúdos!

E por falar em geekzinho...

Número 1 no Spotify do Pedro (e não há música que destrone esta!):

Os Embeiçados dos Clã


É vê-lo a dançar animadamente enquanto ouve esta música em repeat repeat repeat...


(dançarino lindo do mãe...)


Ainda dizem que o gosto dos pais influencia o dos filhos. Pff... Disparates!

Enquanto limpava o arquivo íris cá de casa, passei pela secção do João e reparei nos filmes que ele grava e costuma ver no tempo livre: está lá o Batman de 89, com o Michael Keaton; também encontrei os três Superman do Christopher Reeve - o primeiro é de 78!- e, claro, todos os Spiderman, quer os do Tobey quer os do Andrew; também gravou os três Iron Man, e todos os X-Men; está gravado também o The Avengers I.


Quem tem o geekzinho mai lindo em casa, quem é?

terça-feira, 23 de junho de 2015

domingo, 21 de junho de 2015

O dia mais longo do ano? A sério? Quando acabarem as férias dos miúdos falamos sobre isso de dias longos.

Já cá canta o manjerico
para as festas de S. João!
Cheirei-o com o nariz:
Não tenho olfato na mão!

O dia em que... afinal só mais esta!

Papá, como é que pagas na autoestrada se não te vi entregar uma nota a alguém?

Blablablablablabla... dinheiro virtual... blablabla... pagamento pela net... blabla...

Ah! Já percebi! É como se recolhesses fractais e pagasses assim as tuas contas!

O dia em que... por mim já chega de evidências.

Com que então andas a jogar God of War!

Sim, mas não te preocupes. Aquilo é uma guerra mas não é verdadeira. Nem é da Marvel.




Ah, então se não é da Marvel fico muito mais descansada.


O dia em que uma mãe descobre que o filho é viciado em jogos #4

Regressávamos do passeio quando passamos por uma placa que indicava o caminho para Gaia.

Olhem, olhem! Gaia! É a gigante que ajuda o God of War a derrotar o Zeus!

O quê, João?

É verdade, mamã! Ela vai a subir o monte para chegar ao Olimpo e leva o Kratos à costas!

quarta-feira, 17 de junho de 2015

terça-feira, 16 de junho de 2015

O dia em que uma mãe descobre que o filho é viciado em jogos #2

No regresso da piscina, ouve-se o aviso de depósito a precisar de combustível.

Humm... desconfio que não vamos ter energia para chegar à garagem.


segunda-feira, 15 de junho de 2015

O dia em que uma mãe descobre que o filho é viciado em jogos #1

Cheguei mais cedo do trabalho e fui buscar os meninos à escola. Normalmente deixo o carro na garagem e vou a pé, mas já era tarde, levei o carro. Não pus o cinto e o sinal sonoro avisou que estava em transgressão. 

Mamã, deves ir na pista errada. Isso vai para aí a apitar à maluco!


Venho agradecer aos senhores do pingo doce por nos agraciarem com esta sugestão de apresentação nos pacotes de bolachas de água e sal. Nunca me lembraria de as apresentar assim, aos montes, empilhadas umas em cima das outras. Não tenho ponta de sentido estético, já vi. Sinto-me envergonhada.

domingo, 14 de junho de 2015

João, o poliglota

Apanhei o João a ver o filme do Astérix em francês.

Percebes o que eles estão a dizer, filho?
Sim, percebo tudo.
Mas está em francês!
Pois está. É igualzinho ao português. Um dia destes havias de experimentar ver o filme nesta língua, mamã.
Queres lá ver que aquela porra de não dormirem a noite toda é mesmo verdade? E eu para aqui a gozar... tsss...



Oi? A sério?

Não sei se já leram, mas podemos encontrar aqui a solução para todos os nossos problemas: afinal os bebés não dormem a noite toda porque não é expectável.
Vou transcrever a parte que me interessa.
Ora então abrir aspas 
Babies who wake up a lot are actually associated with higher levels of intelligence and better mental health.

There is, according to Fleming, a link between “very high levels of developmental and intellectual achievement and not sleeping throughout the night,” while Narvaez says that children who are kept closer to their parents and have their needs more readily met have “greater empathy and more self-regulation, they have greater conscience, and one study showed they had more cognitive ability and less depression.”

eeeeeeee fechar aspas
 
Folgo em saber que os meus filhos serão uns crânios! O problema aqui é que desconfio que os efeitos na mãe são inversamente proporcionais, porque continuo a pôr a chávena de leite no frigorífico e a esperar que apite a avisar que já aqueceu, tá?
 
 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Oh pá oh pá oh pá

Cobra 




Isto é coisa para encobrir muita vergonha...

Olha uma coisa,

os teus filhos brincam no banho?
Sim.
Têm o tradicional patinho de borracha?
Claro.
E têm mais brinquedos na banheira?
Evidentemente.
Quais?
O trivial.





domingo, 7 de junho de 2015

No fundo, sou uma preguiçosa.

Não acredito na educação. Pelo menos não naquela que muitos, quase todos, defendem como sendo a melhor ou única forma de criar os filhos. Quando me dizem, do alto da suprema sabedoria, que devo ensiná-los a sentar-se corretamente, que tenho que lhes proibir os palavrões, que é minha obrigação impingir-lhes horários, que é preciso ditar-lhes regras, sorrio. Não acredito em nada disso. Se calhar é porque me calhou uma sorte do caraças por ter dois miúdos fantásticos. Deve ser por isso que posso discordar e ir acenando vagamente: a verdade é que nada do que lhes possa dizer se entranhará tanto como o que lhes vou mostrando. O respeito não se ensina. À cooperação não se obriga. Não se impõe a amabilidade. Mas, lá está, às tantas penso assim porque é o que acontece cá em casa, tal como aconteceu lá em casa com os meus pais. É provável que por sempre que tenho que chamar a atenção fazer o possível por meter, lá para o meio das frases, alguns diminutivos e expressões carinhosas, os meus filhos se habituem a fazer o mesmo. É daí que vem a educação: não do que lhes dizemos que têm que fazer, mas do que nos vêem fazer. Essa sim é mais profunda e duradoura. Se me obedecem? Claro que sim. Se reclamam? Não. Fazem-nos porque sabem que é assim que se faz, mas não foi algo imposto. Foi adquirido com o que observam desde que nasceram. E não, não tenho qualquer problema com o dizer-lhe que não, que não podem. Faço-o quando é preciso, mas não é o que prefiro. O que resulta disto tudo? Isto:

Descobriram um pacote de bolachas no armário da cozinha, tiraram duas para cada um (nunca tiram mais para si próprios, pensam sempre no irmão, quer um quer outro) e foram jogar às escondidas enquanto as comiam. Eu estava a apanhar a roupa do estendal e, quando me apercebi, havia migalhas pela casa toda. Não gritei, não ralhei, nem sequer reclamei. Desabafei apenas
 
Caramba, acabei agora mesmo de aspirar a casa
 
Nem olhei para eles. Fui pousar o que trazia na mão para aspirar novamente não fossem calcá-las e ainda ter que andar a raspar o chão. Enquanto me dirigia para a lavandaria, ligam o aspirador. Pensei que tinha sido o pai, mas assim que chego ao corredor vejo o João a aspirar o chão.

Filho, deixa que eu faço isso.
Não, mamã. Fomos nós que sujamos. Vai descansar que cansada já andas tu. E tu, mano, vê como se faz, porque quando cresceres mais um bocadinho também te toca a ti.

I rest my case.

sábado, 6 de junho de 2015

É por estas e por outras que eu não vou em modas

Primeiro, pegaram nos fatos de banho, rasgaram-lhes um pedaço e chamaram-lhe trikini. Agora agarram numa t-shirt encolhida e numa cuecas manchadas e chamam-lhe tankini. Tankini? A sério? Agora é que se lembram disso? Quando era miúda, os meus avós tinham um tanque daqueles gigantes de armazenar água para regar a quinta. E nós enfiavamo-nos lá a dar mergulhos. Já naquela altura não sabia o que vestir. Agora é que me vêm com o tankini. Obrigadinha, pá!

Para que servem as almofadas dormitivas?

Nunca percebi muito bem para que servem as almofadas decorativas. Sempre achei a cama suficientemente arrumada depois de se puxar os lençóis e o edredon para cima. Em dias de festa, esticá-los bem esticadinhos e entalá-los debaixo do colchão já marcaria a diferença. Agora, aquelas almofadas servem mesmo para quê?

Ora bem, desde que o Pedro começou a dormir sozinho, comecei a colocá-las no chão ao lado dele para garantir que se caísse da cama não se magoava. Acontece que o meu filho mais novo é uma espécie de campista da vida: só está bem deitado no chão, sentado no chão, a comer no chão. Brincadeiras fixes? No chão! Dormir confortavelmente? No chão!

Quando vou ver como está, encontro-o invariavelmente a dormir no chão. Mas faz mesmo a caminha dele ali! Já lá estão as almofadas, é só puxar uma mantinha e ali fica, feliz da vida, no seu acampamento caseiro. Todos os dias. 

A camping gaz tem uns fogõezinhos portáteis porreiros. Vou arranjar-lhe um e aposto que, quando acordar de manhã, já o vou encontrar de pequeno-almoço tomado e tudo.



 

O meu filho mais velho é o diretor Strickland do Regresso ao Futuro

O João encontrou um amigo no parque. Vi-o a gritar o nome dele, a correr para, pensava eu,  brincarem juntos, a pôr-lhe o braço por cima do ombro num gesto paternal e a seguirem caminho na minha direção. Quando estavam mais próximo, consegui ouvi-lo, com um tom sensato, a dizer ao amigo
Com que então a subir muros e a atirar ramos de árvores, hã? Não sabes que podes magoar-te seriamente? E esta ventania? Queres ficar doente? Vá, vamos lá a ter juizinho, está bem?

E depois é vê-lo montar-se nos muros, atirar paralelos e tirar a t-shirt para apanhar aquele fresquinho.

Portanto, é tirar-lhes a revistinha e depois ir lê-la para o gabinete com os pés em cima da secretária, não é meu menino?

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Sabes que estás cansada quando #1

queres carregar o telemóvel de música para as tuas corridinhas e procuras macacoss, orangotangoss, primatass e só à quarta tentativa é que te lembras que procuravas gorillaz.

Feel good, shake it, shake it, shake it... uu...