mais memórias para:
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domingo, 18 de dezembro de 2016

Mais um momento enternecedor entre irmãos

E então, Pedro, o patinho abraçou a patinha e disse-lhe Queres fazer ovinhos comigo?





Isto é Estudo do Meio a fazer maravilhas pelas crianças.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Fui a uma sessão baseada na meditação mindfulness. Mas por que é que me meto nestas embrulhadas? Se há coisa que eu faço desde que me conheço é perder-me completamente nos meus pensamentos, no meu mundinho, quando estou a cozinhar ou a tratar da loiça, quando estou a tomar banho ou a lavar os dentes, quando estou a ouvir certas pessoas (if you know what I mean...). E até acho bastante saudável perder-me assim, nos meus pensamentos, são momentos meus, só meus, em que, preocupada ou não, não estou propriamente consciente do que se passa à minha volta e, assim, acabo por me concentrar apenas nas ideias que povoam a minha cabeça naquele instante. Ora, a maravilhosa sessão, na qual me ensinaram que é muito importante vivermos cada gesto, sentirmos cada objeto, apercebermo-nos de cada movimento de cada músculo do nosso corpo, deixou-me assim a modos que com vontade de dar um estalo a mim própria e ter consciência disso! 

Agora respirem fundo e sintam a caneta na vossa mão. 
Bonito, mas tenho tanto trabalho à minha espera que isto parece só muito parvo.

Continuem a respirar fundo e apercebam-se dos movimentos do vosso diafragma. 
Pois, bonito outra vez, mas o movimento de ir embora daqui seria ainda mais espetacular.

Prestem agora atenção ao ar que entra no vosso nariz.
Está bem, mas eu queria era concentra-me no verbo sair.

Neste momento, foquem-se na expulsão do ar, imaginem cada partícula.
Ora f*da-se! Cada partícula? Mas isso vai demorar de caraças! Estou tão concentrada que acho que até estou a conseguir ouvir o tic-tac do relógio. Do relógio de uma bomba chamada eu.

 Por falar em bomba, saí de lá e fui direta à da asma.

sábado, 26 de novembro de 2016

Aquela estratégia de cantarolar em momento de birra? Lixei-me.
Andei que tempos a gabar-me do sucesso desta ideia. Agora, sempre que me ouve um Atenção à brincadeira, Pedro! Olha que cais e fazes um galo!, o miúdo desata a cantar O nosso galo é bom cantor é bom cantor tem boa voz...
Sempre que lhe ralho com um É assim que se entrega a tesoura? Com o bico virado para fora?, atira-me com O meu chapéu tem três bicos tem três bicos o meu chapéu... 
Sempre que lanço o meu olhar ameaçador acompanhado de um Ah!, ouço de volta Ah ah ah minha machadinha ah ah ah minha machadinha quem te pôs a mão sabendo que és minha?
Sempre que se pegam e chamo, com voa mais áspera, Pedro e João!, levo com uma versão singular de O balão do João sobe sobe sem parar está feliz o petiz...
Sempre que... sempre que... sempre. Bela ideia a minha.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Às vezes apetece-me tanto chegar a casa e vestir o pijama.
Outras vezes também.
Hoje é uma dessas vezes.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Há dias que me sinto com 16 anos. Há outros em que vejo o quanto cresci. Agora, sou eu que preparo os pratos, guardando para mim a parte mais seca do frango, a zona menos apetecível do peixe, o pedaço tocado da fruta. Caramba, quando é que isto aconteceu? Quando é que me tornei na pessoa que cuidava de mim, me acarinhava, me dava colo. E ainda mais importante do que isso: será que estou a fazer um trabalho tão bom como o que fizeram comigo nisto de ensinar a amar?

sábado, 15 de outubro de 2016

Enoturista

Estava a tratar do jantar quando me apercebi que não havia o que beber. Dei, então, por mim a pensar em como faço a seleção do vinho:
Antes de mais nada, tenho em conta a ocasião e a refeição, escolho cuidadosamente o sabor e o aroma, tento adequar a graduação alcoólica a quem vai bebê-lo comigo.  E é óbvio que estou atenta à classificação do vinho.


Nã! Estava a gozar! Limito-me a dirigir-me à adega, vulgo garagem, não acendo a luz e tiro uma garrafa da caixa à sorte, torcendo para que não me saia vinho verde. Não é que não aprecie, é só porque me dá cabo dos intestinos.

Eu sei: sou uma connaisseuse.



domingo, 9 de outubro de 2016

Pelos vistos os super-heróis estão em alta cá em casa!

O Pai atira-se para cima do sofá e usa a voz mais grossa que tem para dizer Hulk smash! O João ri-se à gargalhada:
Ó pai, eu só ouço a mãe a queixar-se, por isso, aqui em casa, é mais

o que não se mexe!

sábado, 8 de outubro de 2016

E por falar em gente marada

Acaba de passar por mim, no corredor aqui de casa, um homem na casa dos quarenta, a alta velocidade, com um copo de água na mão, a trautear a música do Flash, enquanto um miúdo de oito anos lhe grita da sala
Vê lá não deixes cair o copo!

Sou uma fanática do exercício

Ontem levei o Pedro à piscina. Andava a pagar a entrada avulso há já bastante tempo e a pergunta acabou por surgir: não quer pagar a anuidade?
- Hummmm, pode ser, mas fazer cartão demora muito tempo?
- Não! Diga-me o nome, por favor.
- Coisa e Tal.
- Ora bem... Coisa e Tal... Coisa e Tal?!? Mas já existe um registo com este nome!

- Ai já? Não tenho ideia disso...
- Sim! Coisa e Tal, Rua Ali no Centro, número xis, naqueleº andar.
- Ah, mas eu já não vivo aí há uns dez anos!
- Posso verificar também que a última vez que cá veio foi... no... ano... 2001. cof cof
- Pois! Por isso é que já nem tinha ideia de ter cartão... cof cof
- Ainda tem 10 euros para usar...desde 2001...


Coisa e Tal, a exercitar a memória desde ontem à tarde.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Todos os dias tomo banho a sentir-me a Alice do Resident Evil, não tanto pelo outfit ou pelo armamento, mas pelas criaturas aos gritos que me batem no vidro da banheira, enquanto se esfregam assustadora e violentamente (já chegaram a atirar-se contra o vidro) a chamar-me cá para fora. Me-do.

imagem






Não querendo estragar a seriedade deste blog, mas... sou só eu que vejo aqui o Michael "José Cid" Moore?

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Fui clarear as dentolas. Quando terminou o serviço, o dentista avisou
Nas próximas vinte e quatro horas, não pode fumar nem beber nem...
Até me assustei! Por momentos pensei que não poderia f... umigar as plantas...

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Estava aqui a estender as toalhas e dei por mim a pensar: eu tenho um problema.


domingo, 4 de setembro de 2016

Para quem passa, como eu, muito tempo em parques infantis, esta questão não é nova. Estes espaços  têm um problema: são frequentados, de dia, por miúdos que ainda não sabem escrever e, quando escurece, por miúdos que simplesmente não sabem escrever. Vejamos alguns exemplos:

O que estava esta canalha a fazer quando a professora de português ensinou o uso da vírgula com o vocativo?


E afinal quantos erros dão eles nos ditados?


Nunca lhes foi explicada a diferença entre os verbos "andar" e "vir"? Então e o verbo "ir"? Não será mais adequado em algumas situações?

Enfim... toda uma problemática que importa discutir.
Outra coisa: decide-te, pá! Para que lado é afinal?

(Viste aqui a vírgula? Vocativo, meu caro!)




"Ai a minha vida!"

Concerto dos Xutos. Uma gaja sente que tem outra vez vinte anos. Uma gaja vibra por se sentir outra vez com vinte anos. Uma gaja pensa como se tivesse outra vez vinte anos. Uma gaja vê colocar-se à vontadinha à sua frente um casal que tem efetivamente vinte anos. Casalinho tem também para mais de um metro e oitenta. Uma gaja começa a bufar (é o que fazem as pessoas que já não têm vinte anos; nesta altura já não reviramos os olhos, bufamos) e membro masculino do casalinho apercebe-se da cena:
Tatiana, não vais por-te à frente da SENHORA, pois não?


Grrrrrrr!...



"Como assim o teu filho de quatro anos aspira o quarto?"

Como assim "como assim"?


O que acontece quando tens o CD da banda sonora de um filme como o Esquadrão Suicida no carro?

Nada. Só um menino de quatro anos a cantar, na padaria, com ar inocente, enquanto tu assobias para o lado.

...
I wanna chain you up
I wanna tie you down
I'm just a sucker for pain
...

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Olá! Eu liguei a encomendar comida, mas não me lembro qual era o número. Será o 24 ou o 28, por aí...

Deixe cá ver... é a esposa do senhor Cerqueira?

Depende. O que é que o senhor Cerqueira encomendou?

:)
Sou incapaz de comer bolos ao pequeno-almoço. Sempre fui. A menos que seja pão de ló molhado. Ou tarte de chocolate. Ou cupcakes de baunilha. Ou bolo de banana com noz moscada. Ou torta de morango. Ou muffins de avelã. Ou pudim de limão. Ou cheesecake de framboesa. Ou mousse de amêndoa. Excetuando estes, sou incapaz de comer bolos ao pequeno-almoço.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Tinha escrito aqui sobre a minha propensão tara no que se refere aos sacos de plástico. Ganhei coragem, gente!! Foi tudo com o caraças! Sinto-me aliviada! Ganhei uns metros quadrados cá em casa! E não me refiro só à arrumação: isto agora circula-se melhor! Há muito mais espaço para passarmos de um lado para o outro! Estou finalmente livre daquela mania!!

Entretanto apercebi-me que comecei, não sei bem quando, a guardar frascos de vidro. Não faço compotas. Não faço geleias. Não os uso para pôr palhinhas nas festas. Não me servem para rigorosamente nada. Mas quem sabe um dia...?

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

"Prontíssima! Agora vai ficar aqui sozinha 15m enrolada neste plástico a relaxar, ouça esta música calma e descontraia. Aproveite!"

Pensamento de pessoas normais no spa

(espaço em branco)

Pensamento de algumas pessoas normais no spa

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Esta que aqui escreve

F*oda-se! QUINZE minutos? QUINZE? Com esta gosma? O que é que isto tem de relaxante? E esta porra toda às escuras, nem sequer posso ver os candeeiros, só há velinhas por todo o lado, que coisa parva! O que vale é que o massagista era do melhor.
Quanto tempo será que já passou? E não posso mesmo levantar-me? O sacana do plástico... mais parece uma cena do dexter!... O que faz uma pessoa a quem dá a volta à barriga nesta situação?
Tanta coisa gira para fazer e eu aqui, a absorver gosma. Bolas! A piscina lá fora e eu nesta sala escura a cheirar a non sense. Bela ideia a minha... e ainda estou a pagar para isto!

"Toc toc! Lamento mas acabaram os seus quinze minutos! Eu sei, eu sei! Parece que voam, não é?"

Momentos aleatórios de um sábado à noite. Bem, não um sábado qualquer...

O que achas de deixarmos os miúdos a dormir nos meus pais e irmos jantar a qualquer lado, sem preocupações e correrias e gritinhos?

Acho que sim, mas será que o pequenito fica lá bem? Nunca dormiu fora de casa sem os pais, quando te vir a sair vai armar a barraca!

Não saberemos se não experimentarmos! E apetece-me mesmo ir beber qualquer coisa depois do jantar.

Tens a certeza? Olha que quando começamos a deixar o João nos teus pais tu não passavas dois segundos sem telefonar, a comida não te sabia bem e ficavas bastante irritadiça!

Desta vez vai ser diferente! Já não é o primeiro filho, vão estar os dois juntos e ficam muito bem entregues. Estou tranquila e vou ser boa companhia, não há ponta de irritação em mim.

(...)

Eh pá, estou aqui a pensar que devíamos jantar aqui pelo quarteirão, não vá o Pedro não querer ficar. Valerá a pena forçar só para...

...irmos jantar a qualquer lado sem preocupações e correrias e gritinhos, não foi o disseste?

(...)

Come devagar!  Ainda queres ir beber qualquer coisa depois do jantar?

Não sei... a comida não me está a saber assim tão bem... acho que até estou um bocado indisposta. Vou telefonar à minha mãe a ver como estão os miúdos. Porra, a merda da etiqueta está a fazer-me comichão... rais parta esta porcaria.

(...)

A minha mãe diz que estão porreiros da vida. Mas e se daqui a pouco o Pedro se apercebe e desata num berreiro? Ele ainda é tão pequenino! Não está preparado para dormir assim fora de casa! Eu sinto que não! Isto está a ser bastante enervante... E que tal se, em vez de irmos beber qualquer coisa, fôssemos... sei lá... buscar os meninos?

(blablabla licor beirão blablabla)

E agora? Já podemos ir buscar os meninos?

Não. Bebe mais um.




sábado, 20 de agosto de 2016

Eu estava em crer que a adolescência começava lá mais para a frente, mas veio cá um monstro chamado oito anos que engoliu o meu bebé fofinho e bem educado e agora estou a chafurdar dentro dele a ver se o trago cá para fora outra vez.

Oito anos acabadinhos de fazer.

Nada de beijos, mãe.
Nada de fotos, mãe.
Nada de abraços, mãe.
Nada de carinhas-fofas-a-olhar-para-mim, mãe.

O que foi?
Que é?
Estás a ligar-me porquê?
O que queres?


Não me venhas com o "limpei-te o rabo tantas vezes quando eras bebé!"
Não me digas que vais dizer que tiravas da tua boca para me dares a mim. Que nojo!
Não quero desse gelado, já tem o teu sabor.

Podes ir, vai, vai que aqui não se passa nada! 







Mas que car*lho é isto?










Este post foi escrito ao abrigo da parvoíce que já me é conhecida para manter a estupidez que reina neste blog. É claro que ainda há muitos momentos de ternura e abracinhos nesta casa. Mas "nada de beijos, mãe!" :)

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Atualização daquele post que falava sobre a família equilibrada que estou a criar

Os meus filhos curtem ouvir Bon Jovi. Ou melhor, os meus filhos curtem ouvir You give love a bad name. Ou melhor, os meus filhos curtem ouvir You give love a bad name em repeat. Ou melhor, os meus filhos curtem ouvir You give love a bad name em repeat todos os dias. Ou melhor, os meus filhos curtem ouvir You give love a bad name em repeat todos os dias sempre que entramos no carro. Ou melhor, os meus filhos curtem ouvir You give love a bad name em repeat todos os dias desde que entramos no carro até de lá sairmos. Pior: os meus filhos cantam You give love a bad name a toda a hora.

Eu já gostei de Bon Jovi. Passou-me nestas férias. Já vem sendo hábito. No ano passado foi assim com o Abrunhosa. As minhas férias estão a condenar, ano após ano, a minha predileção por determinados artistas.

Quando agosto acabar, a minha (des)organização vai levar uma reviravolta.

Acabo de comprar a melhor coisinha que podia entrar na minha casa: um quadro de afazeres com duas colunas, "tratar disto com urgência" e "que se f*da".

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Os heróis que são super usam máscara, capa e espada. Alguns deles prescindem da capa e da espada.

Hoje uma miúda perdeu um brinco na piscina. Devia ter muito valor sentimental, ficou desolada. Como o João andava por ali de máscara de mergulho a ver os peixinhos, pediu-lha para ver se o encontrava. Bem tentou, coitada, mas nada. O João pediu-lhe  máscara de volta, colocou-a e mergulhou. A miúda olhou para mim, enquanto recuperava a esperança, e disse
Ele tem ar de quem gosta de uma missão. Tem ar de quem não falha uma missão.
Ainda não tinha acabado de dizer esta última sílaba, quando o João subiu com o braço esquerdo no ar e lhe entregou a pérola. Foi de uma alegria épica aquela cena. Cinematográfica.
Deram um abraço. Despediram-se.
Quando íamos a sair, ela correu atrás do João e entregou-lhe um rebuçado. Era de fruta. Parecia de ouro.

domingo, 7 de agosto de 2016

O meu filho Pedro, I mean, my son Peter

Sempre que quer manifestar satisfação, o Pedro solta expressivamente um "nice" ou um "cool"! Em momentos de maior entusiasmo, manda-nos um "fine" todo snob. Qualquer dia está a beber aquela mistela horrorosa de chá com leite.

sábado, 6 de agosto de 2016

Tinha pensado fazer uma massagem de drenagem linfática no início destas férias, mas acabei por não ter oportunidade de lá ir. Ainda bem. Aos amassos que tenho levado dos miúdos na praia, entre cotoveladas no estômago e amolgadelas em toda a zona abdominal, é quanto poupo e isto vai ao sítio na mesma.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

O verão tem destas coisas

Há pessoas que ficam com a marca dos óculos de sol na cara. Eu cá tenho as marcas de dois meninos ao colo que só me deixam bronzear os ombros e ocupam o restante espaço. A sério, pareço aquelas pessoas que querem aparecer na fotografia mas têm montes de gente à frente.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Muitas.

O João ouve um ruído de fundo. É a mãe a ralhar com ele. Com o irmão. Com o pai.
O ruído de fundo teima em continuar. O João questiona o pai entre dentes:

Pai, afinal quantas palavras por dia é que as mulheres podem dizer?

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Eu sempre disse que a baba de camelo era das minhas sobremesas preferidas. Até hoje. Hoje fomos ao circo. Havia camelos. Os camelos corriam. A baba voava. Eu estava na primeira fila.
Retiro o que sempre disse.

sábado, 23 de julho de 2016

Família equilibrada

Em todas as viagens que fazemos, curtas ou longas, a música vai nas alturas, com os miúdos a cantar aos gritos, a gesticular valentemente (tão valentemente que já houve torcicolos e o caraças à custa da violência com que se abanam) e a transformar o carro num autêntico festival de verão carregado de gente aos saltos. Só que as preferências da criançada vão para berrar Sangue Oculto durante quase todo o percurso, alternando, aqui e ali, com gritos de qualquer coisa dos Evanescence e dos 3 Doors Down. Em looping.
Acontece que hoje, quando ligamos o leitor de CD, estava no Billy Idol e estes pais vingaram-se. Oh se se vingaram!! Já tínhamos feito vários quilómetros quando olhei para trás. Estavam de mão dada. Olhos esbugalhados. Bocas escancaradas. Nunca os vi tão assustados.
Passei para os GNR. Muito alto para abafar as nossas gargalhadas.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Aumentando o repertório

Na senda do belíssimo trabalho que tenho vindo a fazer cá em casa no controlo de birras, lá agarramos nos miúdos e fomos ver os Tindersticks. Correu tudo muito bem, até mesmo a parte em em que a música parou, a multidão fez silêncio e o Pedro bocejou, mandando cá para fora todos os decibéis que estava a guardar desde o início do concerto.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

domingo, 19 de junho de 2016

Filho de peixe... fala latim??

Os meus filhos podiam ter herdado tanta coisa da mãe. Tanta coisa. Mas como é a genética que manda, ficaram só com o que, não deixando de ter muita piada, não lhes serve para nada. 
Então não é que agora o Pedro resolveu começar, assim, sem mais nem menos, a comunicar em latim? Não é uma qualquer língua ininteligível, não é uma trapalhada qualquer de criança, é mesmo latim! 
Apanha um objeto do chão e Quid est? Vai buscar um brinquedo ao cesto e Quid est? Pega numa peça de fruta e Quid est? Quem o ouvir há de pensar que a malta cá de casa não regula bem.

O que é uma perfeita estupidez.

Stultitia. É o que é.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Ironia dental

O meu dentista gosta de se armar em engraçadinho. Para além de andar sempre a brincar com a história dos diques, também tem, à entrada do consultório, um aquário espetacular com todos os peixinhos do filme À procura de Nemo. Todos mesmo. A sério. Uma pessoa que seja fã ( do filme, claro) acaba por até gostar de lá ir. (Obviamente que também se aplica a quem for fã do dentista.)
Continuando... estão lá todos: o Nemo e pai, os amiguinhos, todos os que vão aparecendo ao longo do filme, até a Dory lá está! O meu receio de cada vez que lá vou é que a sobrinha do homem entre pela porta aos berros. Ou saia eu nas mesmas condições.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Esta vida é um lixo.

Uma gaja exercita-se. Aliás, uma gaja passa a manhã a exercitar-se. Sente-se toda tonificada. Vai daí pensa que talvez deva ir à rua mostrar a quem passa que está tonificada. Precisa de uma desculpa para ir à rua. Agarra nos sacos do lixo e sai. São muitos. São pesados. Vai pelas escadas, claro. Sempre tonifica mais um pedaço. Chega ao pé dos contentores e atira o primeiro saco lá para dentro vigorosamente, como fazem as pessoas tonificadas. Quem passa olha com admiração. Uau, tão musculada! Ninguém resiste. Atira o segundo saco. Uau, tão atlética! Ninguém resiste. Atira o terceiro saco e... ninguém  resiste. Nem o c*r*lho do saco que rebenta em pleno voo a caminho do contentor, deixando cair todas as cabeças de peixe e cascas de laranja em cima duma gaja. Músculos para que vos quero...

sábado, 4 de junho de 2016

Estou a apostar tudo nisto das birras

Ontem levamos os miúdos a uma noite de fado. Adoraram. E eu venho com um repertório ma-ra-vi-lho-so para as choradeiras...

segunda-feira, 30 de maio de 2016

E ela a dar-lhe com a Irina!

Quando vejo os anúncios gigantes da intimissimi ou os cartazes da calzedonia espalhados por todo o lado, dá-me uma de celeste barber pós seis anos de amamentação e faço o resto da viagem sem conseguir conter as gargalhadas. 

Mais vale levar a vida a rir.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Afinal também funciona com "The Boss".

Meninos, vamos jantar!
Nã.
On the streets of Philadelphiaaaaa na na na na na na na na na na na naaaaaaaaaaaa na a a

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Qual é o teu sonho?

Meninos em geral - Ser astronauta. Ser futebolista. Ser feliz. Ser rico. Ter um irmão. Ter uma irmã. Ter outra playstation. Comprar um balão de ar quente. Conhecer o meu ídolo. Pilotar um avião. Escalar um prédio. Viajar pelo mundo todo. Comer chiclas ao pequeno-almoço. Comer chocolate ao almoço. Comer gelado ao jantar. Só gelado. Mais nada. Não ter que lavar os dentes depois de tudo isso.


João - Ter uma autocaravana.


É um poeta o meu menino.
E esta história das mozartadas não é só corretiva! É (muito) preventiva: o João fica a olhar para mim com ar assustado a pensar em como evitar que seja ele a levar com o talento da mãe.
Paz. Muita paz nestes momentos.

domingo, 22 de maio de 2016

Educar para os clássicos

Tenho gosto que os meus filhos conheçam de tudo um pouco. Como tal, considero que devem saber ouvir música clássica. O meu contributo para os ajudar a consolidar esta prática tem sido frequente: durante as birras, transformo todos os sons que lhes saem da boca num clássico qualquer. Hoje de manhã, por exemplo, o Pedro insistiu em não lavar os dentes, mas, como levou com uma mozartada da mãe, que trauteava todos os seus ais irritantemente, lavou-os que foi um mimo. 
Educar para os clássicos, para a higiene e para o sossego em geral.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Irina despe-se de noiva no desfile

Esta cena já está muito batida. Há uns anos, uma grande amiga recebeu-nos, no dia do seu casamento, com duas coisas vestidas: o corpete e o fio dental. A coisa de frente ainda se tolerava, mas sempre que se virava para ir buscar o que quer que fosse, a malta inspecionava o teto, analisava o rodapé, revirava os olhos na direção da janela, tudo menos pousá-los no nalguedo da moça. Irina, nada de novo, tá?




Irina Shayk en el desfile de Pronovias de la Barcelona Bridal Fashion Week 2016




Hoje voltei ao dentista

Então, vamos lá a isto?
Vamos lá.
Patrícia, pode ir preparando o dique? A Patrícia gosta de um bom dique.




(Com o devido respeito, doutor, quem não gosta?)


(Não me canso disto. Até dá vontade de lá ir ouvir as brocas.)

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Ai querias borreguinho com alecrim e salmãozinho com coentros, era?

Se os meus filhos são citadinos? Não há ponta de ruralidade* nestes meninos. Como sei? O Pedro acaba de me f*der os vasinhos da varanda. Onde é que limpou as mãos? Aos lençóis que estavam lá a secar. 







*quem diz ruralidade diz sensibilidade, bom senso ou respeito pela mãe

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Pais com pressa

Não sou desses. Tem muito pouca pressa nisso de ver os filhos crescer. As coisas já são suficientemente rápidas para querer imprimir-lhes ainda mais velocidade. Acima de tudo, acho que o crescimento tem mais beleza quando dançamos ao ritmo de cada um deles, com tudo o que os aproxima e apesar de tudo os distingue. É por isso que eu acho o máximo que um dos meus filhos me peça para lhe descascar todos os chupas, gelados, rebuçados, chiclas, prendas e demais cenas que envolvam invólucros e os devore numa fração de segundo e o outro os afaste de mim e me aponte os cotovelos para não me aproximar e o deixar estar ali às voltas enquanto o conteúdo vai derretendo ou melando. É também por isso que eu acho o máximo que um puto adorável venha ter comigo à cozinha e peça a fita elétrica para medir a sala. E é por isso que eu acho o máximo que todos nesta casa já saibam tudo sobre a vida à sua escala, mas eu ainda possa, porque quero, porque me apetece, sempre que quero e que me apetece, dar-lhes a sopa na boca, assoar-lhes o nariz, afagá-los contra o peito, limpar-lhes os restos de cerelac dos cantos da boca com o dedo húmido da minha saliva, beijar-lhes as pisaduras (juro que a dor passa!), consertar-lhes as caneladas, as do futebol, as dos móveis, as da vida. 
Não tenho pressa nenhuma. Nenhuma.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Não há nada mais deprimente do que preparar as mochilas depois d... ah! Já tinha escrito isto aqui!...

sábado, 23 de abril de 2016

Obrigadinha, Markl!

Querida, lembras-te daquele teu post sobre as limpezas e os saltos agulha?
Mais ou menos... sim. Acho que sim.
Hoje ouvi o Markl na Comercial a falar de um inglês... (e seguiu-se isto, aos 3')

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Eu não estou a vir agora do cinema com um miúdo que amanhã tem escola. O Ben Affleck é um péssimo Batman e não tem queixo de super herói. Não me estou a preparar para mandar abaixo uma tigela de chocapic.

sábado, 16 de abril de 2016

Surpreendente é

ter um miúdos de três anos a vibrar com um concerto do Miguel Araújo: ele cantou, ele dançou, ele bateu palmas constantemente, ele balançou, ele (fingiu que) assobiou. E ainda me perguntam por que raio levo miúdos tão pequenos a concertos tão adultos...

Não me surpreenderia se

o João, ontem à noite, estivesse a ver-se já no palco daquele concerto. Enquanto assistia, ia treinando nos instrumentos imaginários que lhe pousavam no colo. Não sei o que lhe passa pela cabeça em momentos como este, mas vi-lhe o brilho nos olhos e esse sei bem de onde vem.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Ahahahahahahah! Não consigo parar de me rir! Ahahahahahahah

"Leia já! Dez dicas de beleza para por em prática ainda hoje!
Número um- oito horas de sono todos os dias."

Ahahahahahahahah! Parei aqui. Ahahahahahahahahah!






sexta-feira, 8 de abril de 2016

Tenho que parar de fazer pratos indianos cá em casa.

O repertório de palavrões que o João conhece (mas não usa!) vai aumentando de dia para dia. Hoje chegou a casa e comentou comigo:
Sabes, mãe, hoje ouvi um amigo da escola a dizer um palavrão no intervalo. Eu nem sabia que aquilo exitia. Quer dizer, não percebi muito bem o que ele disse, mas acho que já tinha ouvido um parecido.
Qual foi?
Posso dizer?
Podes; já sabes que não podes usá-los, mas deves conhecê-los. De que outra forma saberias o que não podes dizer?
OK. Aqui vai: p*ta de caril.
Oh, filho. Não É p*uta de caril, é p*ta que pariu. 
Hum... mas isso não faz sentido nenhum! O que é pariu?

terça-feira, 5 de abril de 2016

Eu pensava que o Jardim das Aromáticas era o paraíso,






mas depois fui à Viarco. Oh boy! Assim que pisei o primeiro pedaço de chão daquela fábrica e senti aquele cheirinho, caraças! Quem me vir, em início de ano letivo (ou qualquer outra ocasião), no corredor do material escolar a cheirar as caixas de lápis, há de achar que sou choné. E não é que tem toda a razão? Cadernos, blocos de papel, canetas, borrachas... enfim, cada um com a sua. A minha é esta. Então, assim que entrei, foi como estar no tal corredor, a cheirar a dita caixa, mas tudo em muito mais! Eu podia ir viver para ali. Há quem deseje uma moradia com jardim e piscina; eu cá era feliz a viver na Viarco. Ali satisfaz-se todos os sentidos. Aquelas cores! Uau! Escusado será dizer que me desgracei na loja... Era um de cada, se faz favor! Em não podendo ser, trouxe uma pequena amostra do que mais me lembra a minha infância. Quando vinha a sair, pensei que estava ali tudo para me fazer feliz, só faltava mesmo, para a situação ser completamente ridícula, que os meus olhos pousassem num conjunto de lápis com o meu cheiro preferido. Mas isso já seria pedir muito. Não?


domingo, 3 de abril de 2016

Não há nada mais deprimente do que preparar as mochilas depois das férias. Cada peça que vai lá para dentro lembra as manhãs a acordar tarde na ânsia de saber se estaria sol para saltarmos à corda lá fora ou se estaria a chover para agarrarmos nas galochas e... saltarmos à corda lá fora, as jornadas no cinema, as passeatas sem destino, os lanches na cama depois do banho depois da lama, as corridas na relva ainda fresca de primavera, os morangueiros e as chorinas que esperamos no nosso mini mini jardim urbano, os batidos de bolacha maria, a doçura da despreocupação...

Bolas! Estou quase a chorar! Vou deixar mochilas para amanhã de manhã.

quinta-feira, 31 de março de 2016

Lista de compras hardcore

Depois da secção dos legumes, lembrei-me que faltava a latinha de vasenol para o cieiro dos miúdos, aqueles autocolantes que se põe no pé da cadeira para não arranhar o chão e os guardanapos. Com jantarada logo à noite, ainda tínhamos que correr muito para conseguir ter tudo pronto a horas. 
- Vai ao fundo do corredor buscar a proteção que eu trato da vaselina. Anda que ainda temos que despachar os miúdos para os meus pais. Ah! E lembra-te de não por tudo em cima dos tomates. Já sabes que ficam todos pisados. - disse-lhe eu esbaforidamente, enquanto olho para o lado e dou de caras com um senhor que mantinha a boca aberta até ao umbigo.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Contar até dez

Somos constantemente assaltados por anúncios que prometem salvar-nos nas lides domésticas. Com o aparecimento de perfis de completa inutilidade, a coisa agravou-se visivelmente. Desde Temos a solução para deixar as suas panelas a brilhar ou Acabe com os borbotos nas suas camisolas ou ainda Diga não às rugas com esta mistela nojenta, há de tudo um pouco. E depois, a malta deixa esturricar o jantar enquanto lê essas merdas. Aí sim vai precisar de saber qual é a tal solução para "deixar as suas panelas a brilhar", abrir a janela e, num vídeo rasca em fast foward, ler as legendas em letras garrafais: espalhe sal grosso e vinagre sobre a panela e esfregue durante quatro horas.

Cumplicidade

Tanto correm pela casa fora um atrás  do outro,
não entendendo o sofá como um obstáculo que encontram pelo caminho,
como se aninham ali,
num não-começa-nem-acaba perfeito.

sexta-feira, 25 de março de 2016

O Jardim das Aromáticas em Serralves

A entrada pela quinta é maravilhosa. Os olhos perdem-se naquele espaço embebido em verde. Os meus filhos, que têm radar para estas coisas, vão diretos aos animais e deliram com os cavalos, as ovelhas e as galinhas. Continuamos o percurso, com o João à cata de dentes-de-leão e o Pedro a soprá-los com quanta força tem. A nossa atenção deita-se na paisagem, que nos absorve por completo. Repentinamente, chegamos ao Jardim das Aromáticas e eu, que o desconhecia, sinto-me a pairar. Uau! Estão cá todas! Isto é paradisíaco! Esfreguei a mão que tinha livre em todas as ervas e levei-a ao nariz como se de um tesouro se tratasse. Teria lá ficado o resto da manhã, não fossem os outros pedacinhos do Éden que ainda faltava visitar. E continuei o meu caminho de (c)alma cheia.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Ciberindignação

Vou deixar de ir ao facebook. De cada vez que lá vou salta-me um anúncio para a fronha a dizer que alguém que já foi meu aluno atinge nesse dia a idade que eu tinha quando lhe dei aulas. Cambada de mentirosos, pá!

sábado, 19 de março de 2016

Ligou-me uma amiga.

Fui comprar prendas de Páscoa para os teus filhos. Entrei em todas as lojas e, em todas, a conversa foi Se é para os filhos da fulaninha de tal, é melhor não levar essa peça. Ela gosta mais desta. Porra, pá! É que és mesmo chata! Controlas tudo, mesmo quando não estás, mesmo que nem saibas o que estamos a fazer. Bolas, pá!


E é isto. Verde Pinheiro em Sépia a torrar a paciência na baixa desde mil nove e setenta e tal.

domingo, 13 de março de 2016

Com que então o menino não gosta de deixar pinturas por mãos alheias?

Acabo de chegar com o Pedro de uma festa de anos. Recusou-se terminantemente a fazer uma pintura na cara. Fosse do que fosse. Gatinho? NÃO! Tigre? NÃO! Homem Aranha? NÃO! Uma porra qualquer? NÃO! NÃO! NÃO! NÃÃÃÃÃO!

Quando chegamos, pus a água a correr e disse-lhe para ir tirando a roupa enquanto ia buscar o pijama. Infelizmente, esqueci-me do delineador de olhos em cima do armário na casa de banho. E a pintura facial sempre se fez. Pelas mãos do próprio. 

sexta-feira, 11 de março de 2016

Não sei o que há na antiguidade que me fascina assim

Quando era miúda, faziam furor os filmes que tivessem lugar num futuro esquisito, com malta a tomar um comprimido para despachar o pequeno-almoço, a meter-se num hovercraft a caminho do trabalho e a vestir porras que mais pareciam feitas de sacos do lixo carregados de goma. Nunca achei grande piada a isto. Pareceu-me sempre tudo um grande disparate e, agora, posso comprová-lo: em que século estamos? Em que ano estamos? Eu cá continuo a ver o pessoal a sacar as remelas com água da torneira; a enfiar um pão com manteiga no bucho enquanto procura as chaves do carro, de quatro rodas, que só andam na estrada, sem asas, fuminhos e faíscas estranhas a sairem-lhe do escape; a ir trabalhar com ar de enfado e já muito chateado porque não encontrava as chaves. 
Agora, filmes de época, esses sim já eram para mim. Adorava imaginar-me naqueles tempos, com aquelas indumentárias, aqueles costumes. É uma parvoíce, bem sei, porque não haveria, com certeza, o conforto que há hoje, mesmo sem comboios a atravessar os céus e leggings justas de plástico preto (ups...). Mas até eu já me habituei às minhas parvoíces e nem as questiono. 
Há uns dias, cruzei-me com fotografias antigas, com mais de um século, da cidade onde vivo. Fui vendo os prédios serem acrescentados, a vista para o mar desaparecer, o monte que via lá ao longe ser tapado, o descampado onde brincávamos na lama ser ocupado, as casas novas serem casas velhas e as velhas ruírem. Fui-me habituando a estes novos cenários, mas, quando vejo estas fotografias, transporto-me imediatamente para aquelas ruas que agora calco tantas vezes, para lá e para cá, e sinto-me em casa. Nunca lá estive. Mas sinto-me em casa.

domingo, 6 de março de 2016

Sabemos que estamos no bom caminho

quando, não estando o irmão por perto, damos uma bolacha de chocolate ao Pedro e ele a parte ao meio, pousa metade no prato do João para ele comer quando chegar e come a outra metade.

sábado, 5 de março de 2016

O que havia dantes no fim de semana e agora não há?

Duas coisas: o hífen e o sossego.

Dia de semana
Esta mãe - Vamos lá! Toca a acordar! Vamos!
Os filhos - Huuuummm... só mais um bocadinho...
O pai - rrzzz... rrzzz...

Fim de semana
Os filhos - Vamos lá! Toca a acordar! Vamos!
Esta mãe - Huuuummm... só mais um bocadinho...
O pai - rrzzz... rrzzz...



segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A maior qualidade dos meus alunos? Diria que é a fofura.

Então vamos lá ver se percebemos isto. Quem me dá palavras da mesma família de ramo?

Raminho!
Muito bem!

Ramada!
Boa!

Ramalhete!
É isso mesmo!

Ramificação!
Vocês percebem mesmo disto!

Rameira!
?!?   

sábado, 27 de fevereiro de 2016

O meu dentista é mesmo insuportável. Saberá ele o quão difícil é conter o riso com a boca aberta?

Ora vamos lá então tratar esses canais. Patrícia, trata-me do dique? Sabe, a nossa Patrícia é fã de diques.

Insuportável.
Nas listas de contactos de email, há dois tipos de pessoas. Há as que não se falam há dois meses mas enviam mensagens do género

Queres ir almoçar?

às quais se responde

S

e há as outras. As que escrevem

Olá! Como estás? Tens andando bem? Estava a pensar em convidar-te para almoçar. O que achas? Dá-te jeito? Se não der, não faz mal. Combinamos noutra altura. Mas, se der, gostava muito de matar saudades. Então? Parece-te bem? Diz qualquer coisa.

A estas pessoas já não se pode responder S. Terá que ser algo mais elaborado. Pelo menos algo que responda às perguntas todas. Ou seria só uma? Já nem sei. É que, se se responder com floreados, o mais certo é a coisa nunca mais ter fim. Imaginemos:

Olá! Está tudo bem. E contigo? Eu tenho andado bem. Estavas a pensar em convidar-me para almoçar? Acha muito bem! Se me dá-te jeito? Dá pois! Não combinamos nada noutra altura: é já! Até porque eu gostava muito de matar saudades. Lá está - parece-me bem! 

E depois a pessoa responde:

Olá outra vez! Estás bem desde a última mensagem? Oh! És tão querida! Obrigada por aceitares o mesmo convite! Beijocas gordas e fofas!

E continua:

Olá novamente! Desde há cinco minutos heheheheheh! Oh! Querida és tu! Obrigada eu por me convidares! Beijocas ainda mais gordas e fofas!

Não, não! Tu é que és querida e gosto muito de ti! Bjs!

Desculpa, querida mesmo, mesmo és tu! Beijoquinhas!

Não discutas comigo! Eu sei bem quem é que é querida! E és tu! Vá, beijo!

Olha lá, tu estás a por em causa a minha palavra! Sua ...

E lá se foi o almoço. A sério, mais vale manter a coisa simples. Repitam comigo:

Queres ir almoçar?

S


L'Oréalismo da vida

O senhor meu marido tirou as compras dos sacos. Atenção! TIROU as compras. Não leram aqui que as arrumou, pois não? Bom...
Então, tirou as compras dos sacos e descobriu, lá dentro, os lençóis de papel que nos entregam aquando do pagamento. Aquilo equivale seguramente a um bosque ou dois em madeira, não? Enfim, dizia eu que, ao espreitar os papelitos, deu um salto para trás. 

Tu gastas este dinheiro todo em cremes? Este é para quê? E isto o que é? Ainda se resultassem!

Ora bem, estas palavras caem tão bem como beber água depois de comer feijoada. E têm quase o mesmo efeito.

Isto é máscara para o cabelo. (Máscara? Mas onde já vai o Carnaval!)
Isto é creme de dia para evitar a flacidez. Este é o de noite. (Olha, querem lá ver que os cremes agora já distinguem o dia da noite. O creme de noite dorme-te na pele, é?)
Isto é água micelar para lavar a cara. (Água milenar? Então usas coisas velhas para evitares o envelhecimento?)
Não! É água micelar! Não me agride a pele do rosto como a água da torneira! (E não pode usar água do garrafão para lavar a cara? Sempre ficava mais barato!)

Portanto, doravante, terei que me contentar com o sérum Luso antirrugas ou o fluido Fastio para as manchas. Ou, se for mesmo poupadinha, vou ao depósito do desumidificador.


quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Filho de peixe

O que vou apetece hoje para o jantar? Não tenho ideias...
Posso dizer em inglês?
Podes, João. Podes dizer numa língua qualquer, desde que me dês ideias.
My favourite food is paneidous.
Hã?
Como é que se diz panados em inglês, mãe?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Já tivemos cá uma senhora a ajudar nas lides domésticas. Entretanto ela teve que parar e nós, por não encontrarmos quem estivesse à sua altura e não podendo a casa ficar à espera que nos decidíssemos, fomos fazendo o que há para fazer. Para tornar a coisa menos penosa, pomos música nas alturas, vamos fazendo umas palhaçadas (do género dança do varão e imitações parvas dessa bela arte que é o striptease) e isto vai-se fazendo com tanta piada que acabou por se tornar um momento só nosso, de descontração e de boa disposição. Quando nos perguntam se, como casal, não sentimos falta de momentos só nossos, respondemos sempre: não, somos nós limpamos a casa. Isto foi ganhando proporções tais que, a dada altura, estamos ansiosos por ir lavar vidros, limpar rodapés e esfregar sanitas. Bom, verdade verdadinha, isto poupa-nos muito dinheiro em ginásios e, a ver bem a coisa, está carregadinho de sex appeal. Então com os tais saltos agulha!!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

The Big Bang Theory é para meninos

O resultado de ser mãe geek de filhos geek com alunos geek dá dez minutos de aula a tentar perceber como será que o Darth Vader espirra. Incluindo com British accent.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Às vezes tenho conversas que testam a absurdez da vida #1

Obriga os seus filhos a comerem sopa?
Não!
Ai não? Porquê? Não sabe que lhes faz falta?
Faz?
Faz pois!
Mas lá em casa comemos legumes. Crus, é certo, mas comemos muitos!
A sério?
Sim, a sério.
E a mãe também come?
Claro, quem acha que lhes impingiu esta ideia? Eu sempre gostei de legumes crus e prefiro-os aos cozinhados.
Blerc! Que legumes é que come crus?
Todos, menos batata. Adoro feijão verde, abóbora, couve-flor, tudo.
Que horror! Isso é lá coisa que se coma crua!
Pois, olhe, são opiniões. E conte-me lá: o que é que faz?
Sou sushiman.
?!?!

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Chuuuuuuuu...ta prá frente!!...

Os meus filhos não gostam de futebol. Por isso, ontem, enquanto decorria o jogo, entretive os miúdos com uma twisterada. É um dos jogos preferidos cá em casa, pelo contorcionismo apatetado e pelas quedas aparatosas. Por duas vezes, o vizinho gritou gooooooooooooolooooooooo e nós, aguentando a posição da mão esquerda no amarelo e do pé direito no verde, calávamo-nos para tentarmos perceber se teria havido realmente golo. Passados os 90 minutos, ouvimo-lo outra vez a gritar.
Shhhhh, meninos! Agora tudo calado! Vamos ver o que aconteceu!
Foi então que se ouviu:
Yeaahhhhhh! Chup... 

Ieeeeiiii!!!! Gritem, filhotes, gritem!!! Saltem!!! Ieeeeiiii!!!!

Mas, mãe, por que estás aos saltos a gritar como uma doida?Assim não ouvimos o vizinho.

Pois.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Regra(s) número um (e por aí fora) das mães com a cabeça no ar

Vais às compras. Tudo certo. Experimentas peças atrás de peças. Tudo certo. Escolhes as que queres levar. Tudo certo. Fazes um montinho com essas. Tudo certo. Ficas feliz. Tudo certo. Mudas algumas pecinhas do monte das que não ias levar para o outro. Tudo certo. Ficas ainda mais feliz. Tudo certo. Assim que chegas a casa, tiras uma das peças do saco com ânsia de a vestir. Tudo certo. Sais com ela de casa. Tudo certo. Esqueces-te de tirar a etiqueta do preço. Tudo certo. A etiqueta fica para trás. Tudo certo. A p*ta da etiqueta vai até ao meio das pernas e é fluorescente. Isso é que já não.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Ando cá desconfiada que o meu filho mais novo acha que já sabe ler e que lê em todo o lado rasga-me, espatifa-me, destrói-me

Numa loja de brinquedos, o João apontou-me um puzzle de trinta e tal mil peças. Levantou o sobrolho e sorriu. Não, João, nem penses. Trouxe-lhe um livro de mitologia grega (agora anda virado para os embates entre deuses, semi-deuses e titãs). Quando chegamos a casa, deixei-o em cima do sofá, para que o pudesse ler quando quisesse. Acontece que quem lá chegou primeiro foi o Pedro. E eu, ali ao lado, bem que ouvia um som estranho. Vim mais tarde a perceber que era o som do rasgar. Desfez o livro em pedacinhos. Estive horas a colar tudo, todas aquelas imagens monocromáticas e carregadas de deuses e deusas e ninfas e musas com aquelas vestes todas iguais e aquelas caras todas iguais e aquelas barbas todas iguais. Quando acabei, olhei à minha volta e o João estava a observar-me:

Estava aqui a pensar, mãe, com que então não querias o puzzle das trinta e cinco mil peças, hein?


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Cheat happens

Anda aí uma mania entre os miúdos (os meus incluídos), entre os três e os quinze anos, embora possa esticar-se até aos quarenta: vão para a net ver outras pessoas a jogar. A que se deve esta nova versão de voyeur? Alguns fazem-no para aprender a jogar, a vencer obstáculos sem grande trabalho. Para outros será só puro entretenimento. Gostam de ver outros a jogar, riem-se com os falhanços, invejam as vitórias. Quando isto não lhes chega, há sites especializados em batota. 

E depois deixam à espera uma mãe-galinha que não gosta que os filhos comam comida fria. Chama, chama e só lhe dizem 

Só mais um minuto, estamos no Cheat happens!

Ora, uma mãe-galinha tem vontade de responder

Cluck that cheat!

sábado, 6 de fevereiro de 2016

Hipocondríacos, ponde os olhinhos nisto, se achardes que não vos faz mal aos olhinhos, claro!

João, tens os olhos tão vermelhos!
Pois tenho, tenho um pouco de comichão também.
Acho que deve ser uma conjuntivite.
Achas?
Sim.
Ufa! Que alívio! Pelos menos não é cansaço e posso continuar a ver televisão!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A propósito da crise dos 40... ou uns anos antes...

Hoje ao almoço a conversa era sobre a idade e o que ela nos faz sentir. Confesso que hesitei um pouco quando perguntaram a minha.

Sei lá. Praí uns 16 ou isso.

Mas a verdade é que me deixaram a pen(s)ar.

Tenho 37. É uma idade interessante. Sentimo-nos donas da verdade. Sabemos tudo, mas, às vezes, vacilamos. E é aí que ficamos sem chão, porque somos donas de nada.

É a idade que esperávamos há tanto para podermos, sem parecermos velhas, vestir uma saia lápis e usar uns saltos agulha (pelos vistos até para as tarefas domésticas), mas depois espetamos com umas huggs nos pés e umas calças de ganga rotas nas coxas e achamos que assim é que é. Assim que é que nos sentimos nós próprias. E é nesta altura que começamos a responder aos olhares de mas tu achas que tens idade para isso? que cruzam o nosso na rua com um havias de ver os calções de ganga a mostrar as nádegas que usava quando tinha quinze anos!

É a idade em que nos damos ao luxo de usar uma mala xxl carregada de tudo e mais alguma coisa, aquela que todos dizem ser caótica, aquela que é despejada pelo homem em cima do sofá sempre que precisa das chaves do carro e da qual tira tudo menos o que procurava, aquela na qual enfiamos a mão para, um segundo depois, tirarmos o batom do cieiro. E as chaves do carro, que lhe entregamos enquanto besuntamos os lábios com ar de vitória. E com aquela gosma.

É a idade em nos esfregam constantemente com imagens dos tou, das gorila, dos pega-monstros, das páginas de diário perfumadas, às quais fazemos um  ar de sou muito mais feliz agora enquanto engolimos em seco as saudades daqueles tempos.

É a idade em que nos dá para escrevermos posts destes só para adiar um pouco a hora de ir fazer a janta. É que, aos 37, já não nos chamam para mesa.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

O Pedro está a ouvir, no volume máximo, a Galinha Pintadinha em espanhol. Já lhe disse várias vezes que os vizinhos não aguentam isto. 


Os vizinhos não estão em casa.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A sério. Quando penso que não há melhor, ele supera-se.

No Natal, ofereceu-me uma coluna portátil para o telemóvel.
Hoje gabei-lhe a ideia.

Nem imaginas o quanto a coluna que me deste está a ser útil. Tenho-a usado todos os dias nas aulas.
Mas não foi para isso que ta dei.
Ai não? Mas também é boa para quando estou a fazer exercício.
Só que não foi para isso que ta dei.
Para entreter os miúdos é um espetáculo. Música a bombar e é vê-los dançar feitos doidos. E, claro, eu também.
Bom, parece-me que não fui claro quanto ao meu objetivo ao comprá-la.
Foste, foste! É para quando estou a cozinhar, não é? Mas como já deves ter reparado, também a uso na cozinha, quando estou a preparar as refeições.
Humm... era mais porque te queixas da seca que é limpares as casas de banho.

(Deve ser uma animação ver-me a esfregar banheiras ao som da Adele!)


domingo, 31 de janeiro de 2016

Mais amoroso a cada dia

Sabes do que mais gosto em ti?
Gostas de alguma coisa em mim?!?
Sim: daqueles dias em que te arranjas toda, chegas a casa toda empinocada e vestes logo o pijama, enfias as meias por fora das calças, as calças por cima da camisola, prendes o cabelo com uma mola e sacas logo a maquilhagem toda da cara, como quem me quer dizer daqui é só isto que levas, meu. Não abres a boca, mas é isso que ouço. Não podes deixar os saltos só mais um pouquinho quando chegas?



Ora bem, preciso de ajuda. Não percebi muito bem. É para tratar dos miúdos a usar salto alto? Fazer o jantar e preparar tudo para o dia seguinte sempre a retocar o meu chanel rouge? Adormecer em pé mas com o eyeliner impecável? Ou é só para tirar tudo e deixar apenas os sapatos de salto alto? É capaz de ser bastante distrator para todos os envolvidos...



sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Os meus filhos já não usam bodies, mas há cada vez mais gavetas cá em casa

A crise dos 40 começa as 41?
É que hoje de manhã, já depois de tratar da roupa dos miúdos, da minha, dos lanches, dos pequenos-almoços, já depois dos narizes assoados, dos dentes escovados, logo hoje que eu tinha que chegar mais cedo ao trabalho e ainda queria comer qualquer coisa antes de sair de casa, sendo que já só faltavam 15 minutos para a hora de lá estar e ainda estava de pijama com o estômago vazio em casa (inspiração profunda por falta de pontos finais), ouço tocar o alarme de sua excelência que sabe perfeitamente que se os miúdos não estão fora da cama antes das oito horas alguém se vai lixar e mesmo assim programa a merda do alarme para muito depois dessa hora e trata da sua vidinha muito calmamente com ar de quem quem todo o tempo do mundo e o enfado de quem não sabe como preenchê-lo (nova inspiração profunda, tenho que começar a usar mais pontos finais, mas realmente hoje de manhã nem vírgulas quanto mais pontos finais e vou parar por aqui antes que tenha que inspirar profundamente outra vez). 
Dizia eu: entra na cozinha, vê o meu estado de nervos e aflição e atira com um

Achas que esta camisola fica bem com estas calças?



As mulheres também têm direito à crise dos 40? E pode acontecer aos 37?

'tás gorda

O que estás a cozinhar aí?
Espinafres. Também vais querer?
Eu? Porra! Não!
Anda lá! Assim sempre podias ser o meu Popeye!
Achas? Não dá! Tu estás tãããão longe de ser a Olívia Palito!

domingo, 17 de janeiro de 2016

Regra n°1 para mães que não sabem se hão de rir se hão de chorar

Caso vás adormecer o teu pequenote e adormeças tu antes dele, não deixes um boião de Nívea por perto. Todo o seu conteúdo será descarregado na tua cara, cabelo e almofada. Vantagem? Temos máscara tratada para todo o ano.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Terapia motivacional

Tocas piano tão bem, filho! Quem me dera tocar assim...

Oh, mãe, não fiques triste! Há tanta coisa que tu fazes bem!

Há?

Claro! Olha, por exemplo, tu... tu... tu és muito boa a cortar unhas!!

domingo, 10 de janeiro de 2016

Pedro, o engenhocas

Tudo quanto seja de montar, peças, pecinhas, mecanismos, é ver o Pedro sossegado durante uma boa meia-hora a tratar de perceber como se faz e, principalmente, como se desfaz. Fica muito atento, com um ar muito sério, não gosta de ser incomodado e encara aquilo como a tarefa mais séria do mundo. Ou isso ou é por serem ovos kinder.

Nova rubrica: os meus filhos já não usam bodies, mas a gaveta ainda cá está

A barulheira chamou-me à sala. Era tal a chinfrineira que me apressei para ver o que se passava. Quando cheguei, os dois miúdos saltavam tresloucadamente em cima da mesinha minúscula e frágil que eu não tinha deixado no centro da sala e o pai tentava, vigorosamente, balançando a cabeça da esquerda para a direita, continuar a ver a série que estava a acompanhar na televisão. 

O que se passa aqui? Não percebem que isso é muito perigoso?

Pois (continuando a balançar a cabeça), eu até já ia chamá-los à atenção! É que não consigo ver nada!

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Everybody loves John

O João está a fazer uma coleção de livros. Compra-os à sexta num quiosque. Desta vez, não pôde ir e eu fiz-lhe esse favor. Quando lá cheguei, dei os bons dias e pedi o livro da tal coleção. A senhora do quiosque olhou para mim com desconfiança e perguntou se era para o João. Respondi que sim. Não veio hoje? Não pôde. Ah, que pena, gosto tanto de conversar com ele.