mais memórias para:
verdepinheiroemsepia@gmail.com

terça-feira, 26 de março de 2013

A Íris foi a cosinha mais jeitosa que entrou nesta casa (a seguir a mim, claro) e desde então é vê-la a recapitular uma cantiga dos Pequenos Einsteins, a rever vezes sem conta o Pateta a fazer magia com as calças enquanto se lhe vê as cuecas enfeitadas com cenouras, a insistir numa qualquer missão do Oso, a repescar a Doutora Brinquedos de ontem, a ir jantar descansado porque se pode voltar ao Jake e à sua Terra do Nunca no fim da refeição. 
Na verdade, aqui, alguns canais estão banidos por falta de qualidade e quando se liga a televisão é mais disneyzadas e pandices, para fazer a vontade a quem manda efetivamente mas também porque já não apetece ouvir falar dos muitos sobes e poucos desces do combustível, da trapalhadas e filhasdaputices políticas, da tristeza que invade as casas de tanta e tanta gente e da aflição que muitos levam para as ruas. 
No entanto, de vez em quando, lá vai a televisão parar a um qualquer canal. E é nestas alturas que me arrependo de não os ver mais vezes. Oh, senhores!! Já que formularam o produto cientificamente, podiam ter recorrido a uma pessoa com competência para vos fazer o anúncio! Deve haver alguém nos vossos círculos de amigos que saiba escrever bem português. Ele delinearia-o, mostraria-o e quem o visse aprovaria-o e recomendaria-o aos seus parceiros de mercado. Eu cá procuraria-o e contrataria-o. A sério. Eu faria-o.